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Governo Federal prevê redução de 50% nas vagas de concursos

Apesar do cenário ruim, interessados devem continuar estudando

• 22/02/2015 às 9:11 • Atualizada em 29/08/2022 às 17:47

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Passada a folia, é hora de tirar os planos do papel, já que para muitos o ano só começa de verdade depois dos seis dias de Carnaval. E, como as previsões para 2015 não são nada animadoras, é bom acelerar os passos, principalmente quem sonha em ingressar no serviço público.

Dados do Ministério do Planejamento, órgão responsável pela autorização das seleções federais, revelam que o governo vai apertar o cinto este ano. De acordo com o  Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa 2015), o governo pode contratar até 24,8 mil servidores federais por concurso público este ano para ocupar cargos que já existem e estão vagos ou para substituir terceirizados. Esse número é menos que a metade do estipulado para 2014 (50,4 mil). Vale ressaltar que essa estimativa ainda precisa receber o sinal verde do Congresso Nacional. Mas, se depender dos números atuais, o cenário de concursos será nebuloso. Um levantamento feito pelo CORREIO com base nas notícias publicadas no site do Ministério do Planejamento revela que nenhuma seleção pública federal foi aberta em 2015. Até agora, o governo autorizou apenas um concurso para o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), com a oferta de 258 vagas (ver tabela ao lado). Para se ter uma noção do arrocho, somente em janeiro de 2014 foram abertos sete concursos, totalizando 2.871 oportunidades, além de mais 1.395 novos postos autorizados. E, como a dificuldade não bate na porta apenas do governo, muito provavelmente as empresas privadas tenham que demitir para enxugar a folha e conseguir fechar as contas. Resultado? Mais gente desempregada e menos concurso é igual a alta concorrência.

Mãe solteira, a secretária Cláudia Costa, 47 anos, está preocupada. "Meu filho depende exclusivamente de mim. Não posso pagar para ver", desabafa. Cláudia, que presta serviço como terceirizada para uma secretaria estadual, já começou a se movimentar, estudando, em média, quatro 4 horas por dia. "Sei que a crise está feia para todo mundo, mas o que não posso é pagar para ver. Optei em me apegar a uma coisa mais concreta, que só depende de mim", justifica. A maior concorrência não deve ser motivo para desistir. A diretora executiva da Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac), Maria Thereza Sombra, declara que quase todos os órgãos federais estão com deficiência de pessoal, alguns com necessidade de ampliar o efetivo em 50%. De acordo com ela, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por exemplo, atua hoje com um terço dos funcionários necessários. "A Constituição de 1988 prevê a realização de concurso público para ingressar no quadro de funcionários do governo. Por pior que seja a crise, a máquina não pode parar. Não podemos esquecer dos servidores que se aposentam todos os anos", destaca, informando que as expectativas para este ano, no que diz respeito a novos editais, ainda são as melhores. NomeaçãoPara tentar reduzir o impacto, Maria Thereza acredita que o governo possa reduzir o número de vagas em vez de não realizar o certame. "Outra coisa que eles podem fazer é realizar o concurso, mas não nomear neste ano. Só não há como fechar o serviço público. Contratar terceirizado é mais caro do que contratar servidor, já que o salário não tem muitos descontos", opina. De acordo com o levantamento da Anpac, 64 órgãos federais devem abrir 34 mil vagas este ano (veja tabela abaixo). O concurso da Receita Federal, com a oferta de três mil oportunidades para analista tributário e auditor, merece destaque. "O orçamento ainda não foi aprovado... Vamos aguardar", justifica ela. Assim como a diretora executiva da Anpac, Charles Peterson, conhecido por treinar concurseiros de todo o Brasil, não acredita que o governo irá desrespeitar a Constituição, considerando que sua imagem está cada vez mais frágil. Para ele, os candidatos não devem tirar conclusões precipitadas, uma vez que o cenário político está sempre em movimento. "Se houver vontade política haverá muitos e muitos concursos. Se não houver haverá poucos. Mas fato é que sempre haverá, salvo ocorra um golpe de Estado". Ele garante que, até que se prove o contrário, haverá sim concursos. "Na dúvida, é melhor estudar", opina ele, acrescentando que quem mantiver o foco nos estudos sairá na frente de muitos que irão estudar somente após divulgação do edital.

OportunidadeO coach ressalta ainda que, tanto para o mercado dos concursos quanto para o empresarial, a disputa está cada vez maior. "A concorrência deve ser mais um estímulo para que o candidato se prepare com seriedade, persistência e paciência".Para quem está disposto a entrar na briga por uma vaga no serviço público, seja pela estabilidade profissional ou pelos benefícios atrativos, a orientação de Peterson é concentrar nos estudos e ficar atento às notícias e aos fatos. "O que passa disso serve para aumentar a ansiedade e nada mais". Segundo ele, não há que se preocupar com quantidade de vagas. "Há sim que se preocupar em estudar e fazer a parte que cabe ao aluno. Estudar e estudar corretamente, com planejamento e eficiência. O foco tem que ser nas soluções e não nos problemas", finaliza.

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