Entre pressão e jejum, Chile e Peru decidem vaga na final

Pressão e jejum são os principais elementos que cercam o confronto entre Chile e Peru, marcado para esta segunda-feira, pela semifinal da Copa América. A partida está marcada para as 20h30 (de Brasília), no Estádio Nacional Julio Martínez Prádanos, em Santiago (Chile).Em casa, o Chile luta para encerrar o maior jejum, extremamente incômodo: nunca foi campeão da Copa América. A última final que disputou foi há 28 anos, em 1987, contra o Uruguai.A semifinal já é um grande avanço para um time que não alcançava essa fase desde 1999. Com uma equipe apontada como uma das melhores gerações chilenas da história e sob o comando de Jorge Sampaoli, o time não pode deixar essa chance escapar.Mas há a pressão, tamanha a expectativa reunidade pela população chilena, a mesma que chegou a vaiar o time na estreia, pela falta de objetividade em uma partida que terminou com vitória sobre o Equador.Números de Chile e Peru na Copa América: "Essa seleção tem um grande compromisso com o país, isso se vê refletido nas ruas. Nos encontramos em uma situação em que não estamos acostumados, mas o futebol é o presente, e o presente do Chile é muito auspicioso", disse o volante David Pizarro.Pelo menos, o passado não é totalmente cruel com a situação chilena: em Santiago, onde disputará a semifinal, a última derrota para o Peru aconteceu há 30 anos, em 1985. Desde então, em partidas de Eliminatórias e amistosos, foram sete vitórias chilenas e dois empates. Esse é o jejum que os peruanos precisam enfrentar nesta segunda."Temos jogado muito bem, estamos fazendo o que o técnico nos pede e acho que, agora contra o Chile, vai ser mais ou menos o mesmo. Temos que estar concentrados, não podemos dar chances ao Chile, já que estão jogando muito bem e têm a torcida a favor. Nós vamos jogar de igual para igual e tentaremos aproveitar os erros deles", afirmou o atacante Paolo Guerrero.Na última Copa América, o Peru chegou à semifinal e não teve êxito: perdeu para o Uruguai. A última final foi em 1975, há 40 anos, quando a competição era disputada sem sede fixa, e os peruanos se sagraram campeões pela segunda vez. Dá para repetir o feito em 2015?