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Por que essa Copa do Mundo Feminina é especial e merece atenção

Mundial será transmitido pela TV - com comentarista mulheres! -, tem grandes craques, estreia e seleção que pode fazer história

Redação iBahia • 04/06/2019 às 14:24 • Atualizada em 31/08/2022 às 10:13 - há XX semanas

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Até mesmo os que não acompanham futebol diariamente, não têm um time de coração e nem gostam tanto assim do esporte param de 4 em 4 anos para acompanhar a Copa do Mundo. As melhores seleções do mundo, com as maiores e melhores estrelas atrai telespectadores e consumidores por todo mundo. Ano passado, no Mundial da Rússia, não foi diferente. Mas se os atrativos são tantos, por que não dar chances e acompanhar também a Copa do Mundo de Futebol Feminino?

Foto: Divulgação / CBF

O torneio feminino segue os mesmos moldes da consagrada versão masculina, com toda emoção de uma competição mata-mata. Com 24 seleções, o Mundial será realizado na França, do dia 7 de junho a 7 de julho.

As seleções são dividas em seis grupos de quatro equipes cada, com três confrontos na primeira fase. Os primeiros e segundos lugares avançam para as oitavas, além dos quatro melhores terceiros. O Brasil está no Grupo C, ao lado de Jamaica - seleção novata e com uma história de superação -, Austrália e Itália.

Agora que você sabe que os atrativos são tão bons quanto o masculino - futebol bem jogado, craques, times incríveis, muita torcida -, confira ainda mais motivos para assistir e os porquês dessa Copa ser especial.

Para o Brasil todo ver!

Pela primeira vez na história, jogos de uma Copa do Mundo de Futebol Feminino serão transmitido pela TV Globo. A emissora transmitirá todas as partidas da seleção brasileira, assim como os canais SporTV.

Para ficar ainda melhor, as partidas serão comentadas por Ana Thais Matos da cabine. A jornalista do grupo Globo estreou neste ano em um jogo do Campeonato Paulista na SporTV e faz parte do programa 'Troca de Passes' da emissora.

Além de Ana Thais, Milene Domingues, ex-jogadora de futebol, também integra o time de comentaristas.

Recorde de venda


Se no Brasil poderemos acompanhar pela TV, muita gente, de toda parte do mundo, resolveu ir para França ver as partidas in loco. Esse mundial bateu o recorde de maior venda de ingressos, com mais de 720 mil entradas vendidas até abril.

Um uniforme pensado para elas

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Foto: Divulgação / Nike

É a primeira vez na história que a Seleção Brasileira Feminina terá um uniforme pensado e feito para elas, e não herdado do modelo masculino. O uniforme criado pela Nike, patrocinadora da seleção, traz uma homenagem às jogadoras: "Mulheres Guerreiras do Brasil".

Pode parecer pouco, mas é algo a se destacar se levarmos em consideração que há 31 anos, em 1988, a Seleção Brasileira feminina simplesmente herdou os uniformes do masculino, mesmo, obviamente, sendo de tamanho muito maior do que ideal.

Seja bem-vinda, Jamaica!

A seleção da Jamaica, adversária do Brasil na primeira rodada do torneio, disputará pela primeira vez o mundial. Mas até chegar na Copa, elas têm muita história para contar.

A seleção do país caribenho teve o financiamento cortado pela federação nacional em 2015, e por isso as jogadoras, nesse período, tentavam arrecadar dinheiro de contribuintes, através de leilões, por exemplo, que bancassem campos de treinamentos, viagens e jogos amistosos.

Jogadoras e treinadores apontam Cedella Marley, filha de Bob Marley, como a responsável por ressuscitar a equipe feminina com a ajuda da Fundação que leva o nome do seu pai.

Mais apoio, por favor

No início de maio, a um mês do início da Copa do Mundo, o Guaraná Antarctica, patrocinador da Seleção Brasileira, lançou uma campanha na qual mostrava que o futebol feminino merecia mais propaganda e que as jogadoras eram capazes de fazer os mesmos "clichês" que os homens faziam nesse tipo de comercial - inclusive nos da própria marca.

Como resultado, empresas como Boticário, GOL e Lay's aderiram o chamado e passaram a apoiar a modalidade. Quanto mais, melhor!



O tetra vem?


Infelizmente, essa pergunta não é sobre a Seleção Brasileira. A melhor posição das nossas jogadoras foi em 2007, quando chegamos em segundo lugar.

A grande potência no futebol feminino segue sendo os Estados Unidos, último vencedor e atual tricampeão. Neste ano, segue como uma das favoritas ao título. Além das americanas, a Alemanha - bicampeã, também investe pesado na seleção feminina e deve fazer bonito no Mundial. Outros destaques são o Japão, França e Inglaterra.

... mas ainda falta muito

Apesar de todos os fatos citados acima transformarem essa Copa em um momento especial, ainda falta muito para chegar perto de uma igualdade de gênero no futebol mundial.

Para se ter uma ideia, a Fifa distribuirá às 24 seleções que irão ao mundial US$ 30 milhões (cerca de R$ 117 milhões) - o dobro do que foi dado em 2015, mas que não chega perto do que é reservado ao mundial masculino, que é US$ 400 milhões (R$ 1,5 bilhão). O valor distribuído para seleções femininas representa pouco mais de 1% das verbas da Fifa.

A seleção dos Estados Unidos, grande força do futebol feminino, por exemplo, entrou em março com uma ação contra a USA Soccer, órgão que rege o esporte no país, por conta de discriminação de gênero. No país, a diferença de valores pagos para a equipe feminina e masculina faz ainda menos sentido, já que constantemente as mulheres superam os homens e geram mais receita.

Confira o calendário da Seleção Brasileira na primeira fase:

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