Dia 6 de fevereiro, às 16h, o primeiro encontro entre eles. De um lado, a experiência de Antonio Lopes. Do outro, a juventude de Rogério Lourenço. Antes do primeiro clássico do ano, porém, vale dar uma cutucada nos comandantes.
No lado tricolor, a aposta é pra lá de ousada. Lourenço só treinou o Flamengo profissionalmente e tem no Bahia a chance da carreira. Com apenas duas semanas de trabalho no clube, evita falar sobre o rival Vitória.
"Prefiro deixar eles trabalhando do lado de lá e eu aqui. Agora, eu só quero pensar no nosso adversário Serrano". Segundo o comandante, o Bahia precisa focar somente nas suas próprias forças, esquecendo dos outros clubes. "O futebol de hoje é equilibrado. Os times são parelhos e o nosso objetivo no campeonato já está traçado", completa.
Com a experiência de treinar a seleção sub-20 do Brasil, o treinador montou um time repleto de jovens. A média de idade dos 15 reforços, por exemplo, é de 22 anos. Somado a isso, tem a experiência de jogadores como Nen e Hélder, remanescentes de 2010.
Apesar da nova equipe e da falta de entrosamento, o técnico não acredita ter problemas. A justificativa é simples. Jogadores como Boquita, Titi, Ramon e Jataí, apesar da pouca idade, rodaram por grandes clubes do país. "Eles já enfrentaram diversos tipos de situação. Não tem como falar que o Boquita é jovem. Um cara que já fez mais de 50 jogos com a camisa do Corinthians?", questiona.
A tática de não falar sobre o Vitória chegou ao fim quando o assunto foi o banco de reservas. Treinado por Antonio Lopes no Cruzeiro, em 1996, Rogério Lourenço, 39 anos, é só elogio ao ex-comandante. "Tenho uma admiração muito grande pelo trabalho dele. Um profissional experiente e de grande caráter", comenta.
EMPATE - Os dois já tiveram a oportunidades e enfrentar como treinadores. Foi no Brasileirão do ano passado, na décima rodada. Ainda no Maracanã, o Flamengo de Lourenço ficou no empate em 1x1 contra o Avaí de Lopes.
A chance de alguém sair mais alegre será próximo mês, no primeiro Ba-Vi do ano. Mais uma vez, Rogério Lourenço preferiu evitar o assunto. "Vamos entrar do mesmo jeito com todos os adversários.
O Bahia não vai escolher camisa". Fim de papo na conversa. O jeito é esperar o encontro dos dois, no Barradão.
*Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 15 de janeiro de 2011
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