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Tudo errado: confira as principais razões para o insucesso do Leão na Série B

Troca de treinadores, investimentos mal-feitos, vacilos dentro de casa e falta de planejamento. A trágica temporada do Leão

• 27/11/2011 às 14:40 • Atualizada em 07/09/2022 às 9:39

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Fim de temporada, começo de lamento: o Vitória prolongou a estadia na Série B. Sem dúvida, 2011 foi a pior temporada nos últimos dez para a torcida rubro-negra. Um ano sem conquistas no gramado. No primeiro semestre, perda do título estadual para o Bahia de Feira dentro do Barradão e eliminação na primeira fase da Copa do Brasil para o modesto Botafogo-PB. Até em 2006, quando o Leão perdeu o Baiano para o Colo Colo, pelo menos comemorou o acesso à Série B no segundo semestre. Mas não adianta condicionar o fracasso em retornar à elite do futebol apenas à bola que não entrou, ao azar em jogos decisivos ou à contusão de alguns atletas. O clube falhou em vários aspectos, desde o planejamento para encarar a sofrível Série B à correção de erros que surgiram na disputa. E não faltou dinheiro. Mesmo com o rebaixamento no ano passado, a diretoria do clube investiu pesado nesta Série B. O Vitória teve a maior folha salarial da competição, talvez comparado só ao Sport. Com orçamento mensal de R$ 1,5 milhão, o Leão abriu o cofre, mas não soube gastar. Mão cheia - Rodízio de treinadores, contratações sem critério e sem planejamento, falta de investimento na base. Esses erros extra-campo influenciaram diretamente no desempenho dentro das  quatro linhas. E que desempenho. O primeiro turno rubro-negro foi desastroso. O Leão terminou em 9º lugar com aproveitamento de 47%. Já no segundo, o aproveitamento subiu para 55%, fechando num virtual 4º lugar. Mas, na hora de botar na balança, a reação foi tardia e insuficiente para levar o clube à Série A. Em detalhes, na página ao lado, cinco erros cruciais para a não concretização do acesso. Procurados, o presidente Alexi Portela Júnior e o gerente de futebol Newton Drummond não quiseram falar.OS ERROS
Geninho comandou o time do Leão em 11 partidas
Troca de treinadores - Antonio Lopes começou o ano com a missão de recolocar o Vitória na Série A. Só que o delegado caiu após o fracasso no Baiano. A perda do título dentro de casa foi determinante pra diretoria procurar outro nome capaz de liderar o time na missão. Ricardo Silva, sempre interino, comandou o time na primeira rodada (1x0 no Vila Nova no Barradão). Geninho chegou, mas ficou apenas 11 jogos como técnico. Foram quatro vitórias, dois empates e cinco derrotas. Mais uma demissão. Ricardo voltou após a queda de Geninho e perdeu dois jogos. Vágner Benazzi chegou em agosto com o time na 13ª posição, a seis pontos do G-4 e somente a dois da zona de rebaixamento. O tio Bena, como o elenco o chamava, viveu bons momentos, mas demorou para encontrar o padrão tático e definir os titulares. Com três técnicos diferentes nas 38 rodadas, o elenco ficou desestabilizado e o sonho do acesso ficou para 2012.
Gilberto foi o último contratado do Vitória
Falta de planejamento - Planejar e organizar, palavras-chave para se ter sucesso no futebol. Justamente o que faltou ao Vitória em 2011. Como em quase todos os anos, um time para a disputa do estadual e outro pra competição nacional. Resultado: demora no encaixe da equipe e perda de pontos preciosos pelo caminho. Após o Baiano, no final de maio, o clube contratou oito jogadores para a Série B. Em junho, foram dois. No mês seguinte, mais quatro. Em agosto, outros três. Pra finalizar o pinga-pinga dos atletas, três jogadores chegaram à Toca em setembro. Gilberto foi o último. Chegou para ser a solução na reta final, mas ficou apenas na promessa. Ao todo, 21 atletas chegaram após o Baiano e quatro deles deixaram o clube antes do final da Série B: Zé Luis, Edu, Jérson e Felipe Alves. Apostas erradas - Ano após ano, o Vitória excede nas apostas malfeitas. Se, em 2010, o atacante Kléber Pereira foi a cara do fiasco, o que dizer do também atacante Edu este ano? O jogador veio do Internacional com o status de jogador de Série A. Em campo, cinco partidas um gol e nenhuma saudade. Na sua dispensa, a diretoria anunciou Richely como substituto.
Edu jogou apenas cinco partidas e fez um gol
Erro em cima de erro. E a lista não parou por aí. Alguém lembra do uruguaio Pablo Pereira, que veio como indicação de Geninho? Melhor não... O goleiro Felipe Alves amplia a lista. O jogador  veio do Paulista, atuou em três partidas, comprometeu e foi dispensado. Pra completar, o lateral-esquerdo Chiquinho chegou, jogou um jogo e sumiu. Fator casa - O Barradão foi um aliado do Vitória nesta Série B. Os números do time como mandante não são ruins. Nas 19 partidas disputadas, foram 12 triunfos, dois empates e cinco derrotas. Com isso, o Leão teve a quinta melhor campanha atuando em seus domínios. A campeã Portuguesa liderou a tabela. O aproveitamento não foi um desastre, mas o rubro-negro perdeu pontos preciosos no Barradão. As derrotas para Barueri, São Caetano, Boa e Guarani, adversários considerados mais fracos e que não eram concorrentes diretos na briga pelo acesso, fizeram diferença no final da competição. O Náutico, por exemplo, foi o oposto. O time pernambucano, Série A em 2012, não perdeu nenhum jogo nos Aflitos.

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