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Sudão do Sul é reconhecido como país independente pelas principais potências mundiais

O mais novo país do mundo, 193º da lista das Nações Unidas, içou hoje a sua bandeira pela primeira vez

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09/07/2011 às 14:01 • Atualizada em 29/08/2022 às 15:32 - há XX semanas
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A República do Sudão do Sul, o mais novo país do mundo, já foi reconhecida pelas principais potências mundiais. Estados Unidos, França, Reino Unido e China, quatro dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, já reconheceram o novo Estado. Também a União Europeia, no seu conjunto, e a Alemanha, em particular, o fizeram.
Salva Kiir (esquerda), ao lado do presidente do Sudão, Omar Hassan al-Bashir, acenam para população durante celebração em Juba (Foto: Goran Tomasevic/Reuters)
O Sudão do Sul içou hoje a sua bandeira pela primeira vez, acontecimento presenciado por milhares de sudaneses do sul e dezenas de personalidades mundiais, entre os quais o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. O presidente dos Estados Unidos, Barak Obama, disse, em Washington, que este dia revela que "após a escuridão da guerra, a luz de um novo amanhecer é possível". A independência "não é um presente", realçou, por seu lado, Susan Rice, embaixadora dos EUA na ONU e representante de Obama na cerimônia de independência, apelando aos cidadãos do Sudão do Sul que construam um "país digno do sacrifício de todas as vidas perdidas" em cinco décadas de conflito. Também o presidente francês, Nicolas Sarkozy, apelou aos dois países que agora transportam o nome de Sudão para encararem "esta nova etapa das suas relações no espírito do diálogo e da cooperação". Entre os presentes à solenidade, aquele que mais burburinho causou foi o presidente do Sudão, Omar Al Bashir, sobre quem pende um mandado de captura internacional por genocídio e crimes contra a humanidade cometidos na região sudanesa de Darfur. Na cerimônia, Al Bashir disse que apostará em "preservar os interesses comuns" do Norte e do Sul do Sudão.
Pessoas vão às ruas para celebrar a independência do novo país (Foto: Andrew Burton/AP)
O Sul do Sudão é o 193º país reconhecido pelas Nações Unidas. Uma nação independente e soberana, de carácter multiétnico e multirreligioso, que quer relações amigáveis com todos os países, incluindo o Sudão. “Nós, representantes democraticamente eleitos pelo povo, baseados na vontade do povo do Sudão do Sul, como confirmam os resultados do referendo à autodeterminação, proclamamos o Sudão do Sul uma nação independente e soberana”, afirmou o presidente do Parlamento do mais recente país, James Wannilgga. A declaração, proferida perante delegações de 80 países, 30 chefes de Estado, do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, e de milhares de sudaneses do sul, deu destaque às relações amigáveis que o novo país pretende estabelecer com todos os países, em especial com a República do Sudão, depois de décadas de confrontos entre cristãos do Sul e muçulmanos do Norte, que resultaram em milhões de mortos. Salva Kiir tornou-se no primeiro presidente do Sudão do Sul, após o juramento de respeito à Constituição provisória. A cerimônia, rodeada de forte dispositivo de segurança, decorreu no mausoléu do ex-dirigente rebelde sudanês John Garang, que morreu em 2005 em um acidente de helicóptero, após a assinatura de um acordo de paz entre Norte e Sul, e começou com discursos de um representante católico e de um representante muçulmano. *As informações são da Agência Brasil

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