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Em meio a guerra

Rave realizada na Faixa de Gaza foi criada no Brasil por pai de Alok

Evento foi interrompido no sábado (7) após ataques do Hamas; estima-se que ao menos 260 corpos foram encontrados no local

Redação iBahia • 09/10/2023 às 8:34 • Atualizada em 13/10/2023 às 13:49

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Em meio a invasão do Hamas a Israel com mísseis no último sábado (7), um detalhe chamou atenção, a realização de uma festa rave nas proximidades da Faixa de Gaza.

A festa SUPERNOVA Universo Paralello Edition, é uma versão do festival de música eletrônica que faz sucesso no Brasil, foi encerrada em meio ao maior ataque ao país nas últimas décadas.

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A edição brasileira foi criada por Juarez Petrillo, mas ele não possui envolvimento com a edição de Israel, tendo sido contratado para tocar no evento. 

"Toda a responsabilidade de organização, logística, divulgação ou quaisquer outras questões relacionadas à execução do evento, é de responsabilidade da produtora israelense", diz nota da assessoria.

Nas redes sociais, Juarez compartilhou com os seguidores o desespero com a invasão. "Surreal! Era pra ser eu tocando, mas o line up atrasou 1 hora! Já estava no palco pra tocar. Espiritual demais!!! Foi a primeira vez que acontece isso, nunca uma festa parou assim!! Sei nem o que dizer", escreveu no Instagram.

O pai de Alok ainda contou que no dia do ataque amanheceu com uma dor aguda e precisou procurar um médico. "O louco que eu tinha 3 set pra tocar! Mas hoje pela manhã acordei com uma dor aguda, achei que seria minha primeira pedra nos rins e pela primeira vez tive que ir num médico fora do Brasil. É o ciático super inflamação", revelou.

Por meio das redes sociais, a festa divulgou um comunicado lamentando a situação. "Estamos consternados, chocados e assustados com tudo que aconteceu e deixamos explicitamente a nossa revolta e nossos sentimentos às vítimas desse ataque perverso".

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Reprodução/ Instagram

Estima-se que ao menos 260 corpos foram encontrados no local da rave, além das pessoas que foram levadas como refém pelo Hamas.

O pai do DJ Alok está abrigado em um bunker em Israel e aguarda liberação para retornar ao Brasil. "Ele está seguro em um bunker aguardando direcionamento para retornar ao Brasil", comunicou o DJ goiano.

Alok ainda fez questão de esclarecer que apesar do pai ter sido o fundador do evento no Brasil, a festa realizada em Israel não tem participação de Juarez. Segundo o intérprete de 'Hear Me Now', o pai foi contratado como uma das atrações e um produtor israelense licenciou o uso da marca.

Sobre os acontecimentos de hoje, estou consternado e ainda chocado com o ataque covarde aos milhares de inocentes com o uso de mais de 2500 mísseis na invasão em diversos locais no sul de Israel.

Como muitos de vocês sabem, o meu pai estava em um desses locais invadidos e sobre…

— Alok (@alokoficial) October 8, 2023

Sobre o Universo Paralello

O festival de música eletrônica Universo Paralello, em edição brasileira, foi criado no ano 2000 por Juarez Petrillo, também conhecido como DJ Swarup, em uma festa inicialmente divulgada no boca a boca na Fazenda Água Fria, na Chapada dos Veadeiros, centro-oeste do país.

O evento surgiu com a proposta de levar o Trance para os holofotes, um dos estilos mais marginalizados da música eletrônica.

No ano seguinte, a festa, que na primeira edição teve 3 dias, contou com 5 dias de música em um novo endereço, até que em 2003, deixou o centro-oeste para ser realizada na Bahia, onde acontece até os dias atuais.

A edição de 2023-2024 já está confirmada para acontecer entre os dias 27 de dezembro e 3 de janeiro na Praia de Pratigi, em Ituberá. Os ingressos para a 17ª edição custam R$ 1.300 a meia e R$ 2.600 a inteira.

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Alok Universo Paralello

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