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Investigações

PM tem prisão decretada suspeito de matar gerente de mercado na Bahia

PM já estava preso após ser alvo de operação que investiga milícias. O Ministério Público decretou a prisão preventiva dele após investigações

Iamany Santos • 27/03/2024 às 8:53 • Atualizada em 27/03/2024 às 12:50

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O policial militar Diego Kollucha Santos Vasconcelos foi alvo da 'Operação Sangue Frio', nesta quarta-feira (27). Ele é investigado pelo homicídio qualificado de Juliana de Jesus Ribeiro, que era gerente de um supermercado na cidade de Saubara, morta a tiros no dia 25 de maio de 2023.

PM tem prisão decretada acusado de matar gerente de mercado na Bahia

Diego teve a prisão preventiva decretada pelo Mistério Público da Bahia, mas já estava preso desde outubro de 2023 no Batalhão de Choque após também ser alvo da Operação Salobro, que investiga a participação de PMs em em milícias na região de Santo Estêvão. Os mandados de prisão foram expedidos pela Vara Criminal de Santo Amaro e buscas realizadas na cela onde o PM estava.

A denúncia feita pelo Ministério Público foi recebida pela Justiça na terça-feira (26). O documento detalhou que o PM matou a vítima sem dar a ela nenhuma chance de defesa.

Imagens de câmeras de segurança mostram que o soldado executou a vítima, disparando contra Juliana, que já estava rendida, indefesa e já de costas para ele. Conforme laudos periciais, Juliana foi atingida diversas vezes à queima roupa e foi baleada na cabeça, tórax, abdômen e braços.

"As evidências e provas do inquérito policial demonstram que o denunciado planejou, premeditou e executou a ação que culminou na morte de Juliana de Jesus Ribeiro", afirma o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), que participou da ação.

PM seguia a vítima dias antes do assassinato

Ainda segundo a denúncia do MP, o policial foi flagrado observando a rotina da vítima, percorrendo o mesmo percurso e realizando as mesmas ações observadas na data do homicídio.

A investigação apontou que, por volta das 19h30 do dia do crime, Diego e um comparsa, que ainda não foi identificado, renderam a vítima quando ela saía do trabalho. A dupla a obrigou a ficar de costas e por as mãos na cabeça.

Ainda conforme a denúncia, o soldado alterou as placas do veículo que utilizou no crime com a finalidade de dificultar a investigação.

Na decisão que determinou a prisão preventiva de Diego, para garantia da ordem pública, a Justiça afirmou que há fortes indícios probatórios de que o PM "praticou, em ação meticulosamente premeditada, homicídio qualificado, através de recurso que dificultou a defesa da vítima".

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