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SALVADOR

Com movimento abaixo da média no Réveillon, rede hoteleira quer melhorias no turismo de Salvador

Além das questões estruturais, faltam novos produtos turísticos

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06/01/2012 às 17:29 • Atualizada em 27/08/2022 às 2:48 - há XX semanas
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Degradação de importantes pontos, falta de novos produtos turísticos, segurança, praias desestruturadas e a necessidade de mais profissionalização do setor. Estes são alguns do principais desafios a serem superados pelo Turismo em Salvador. Nas tradicionais festas de final de ano, a ocupação dos 35 mil leitos disponíveis, mesmo com o movimento bom na maioria dos hotéis, ficou abaixo da média esperada. Num processo que, até o momento parece irreversível, a capital baiana perde um espaço generoso para o turismo do Litoral Norte. "Historicamente temos uma boa ocupação na cidade. Mas, este ano, tivemos uma ociosidade de cerca de 20% no período do Réveillon. No Litoral Norte, a situação é outra. Lá a média foi de mais de 90% de ocupação. Foi uma combinação de vários fatores e até de informações erradas", revela José Manoel Garrido, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis - Seção Bahia. Poucos dias antes da festa, foi divulgado que todos os leitos da capital já estavam ocupados e que os únicos lugares disponíveis eram os quartos de motéis. Na visão de José Manoel, Salvador está passando por uma crise que afeta diretamente o crescimento do turismo: "Não há coisa nova para as pessoas verem. São as mesmas coisas de sempre. A Baía de Todos os Santos é linda, mas pouco explorada. A abordagem nas ruas chega a ser agressiva e incomoda os turistas. A cidade tem potencial. Tem fortes apelos como a música, a religiosidade, a cultura rica, a culinária, mas precisa investir", disse.
Hotéis no Litoral Norte tem atraído mais a atenção dos turistas que visitam a Bahia
Além dos problemas estruturais, a rede hoteleira também precisa disputar o mercado com os cruzeiros que aportam na capital. "É uma concorrência desleal. Os navios chegam e não deixam um centavo de imposto para a cidade, enquanto que os hotéis precisam pagar religiosamente a alta carga tributária que é imposta", desabafa Garrido. CarnavalUma das grandes apostas do ano é o Carnaval, em meados de fevereiro. A ocupação principal ocorre nos hotéis do circuito ou das proximidades. Alguns estabelecimentos de Ondina, inclusive, já teriam esgotado o número de vagas. Nos demais, ainda há disponibilidade para reservas. De acordo com Garrido, a festa, mesmo em processo de saturação, ainda gera um forte apelo para o turismo da cidade. "O que a gente precisa reforçar é que, mesmo se não encontrar leito nestes lugares, a cidade conta com diversas opções de albergue, pousadas e hotéis em outros bairros que seguramente poderá oferecer um serviço de qualidade", finaliza.

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