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SALVADOR

Mulher confessa ter matado sargento da Rondesp no bairro de Tancredo Neves

Em depoimento a Vinicius Brandão, delegado do DHPP, Cleide contou que Fábio Nascimento Cintra a agredia

• 12/08/2011 às 17:46 • Atualizada em 27/08/2022 às 11:54 - há XX semanas

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Cleide Souza Cintra, 36 anos, mulher do sargento da Rondesp que foi morto a tiros dentro do próprio apartamento confessou nesta sexta-feira (12) ter cometido o crime. Em depoimento a Vinicius Brandão, delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Cleide contou que Fábio Nascimento Cintra a agredia. De acordo com a suspeita, na manhã do dia do crime, ela discutiu com o PM e pegou a arma dele. Fábio foi em direção a mulher na tentativa de desarma-la até que acidentalmente o revólver disparou. Cleide, que continua sendo ouvida na DHPP, será encaminhada para a carceragem da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra a Criança e Adolescente (Dercca). O advogado da suspeita já se pronunciou e revelou que dará entrada na liberdade provisória e no pedido de habeas corpus. Hoje, pela manhã, dezenas de membros da Polícia Militar, além de amigos e familiares, acompanharam o sepultamento do corpo do sargento Fábio, de 36 anos, no lotado Cemitério Campo Santo, no bairro da Federação. O crimeO PM foi morto com dois tiros dentro de seu apartamento, à beira da cama, no Condomínio Arvoredo, no bairro de Tancredo Neves, na manhã de ontem. Sua companheira, Cleide com quem era casado havia dois anos, estava no apartamento com o filho de 7 anos no momento do crime e era considerada pela polícia a principal suspeita do crime.
Esposa da vítima, Cleide foi autuada em flagrante por homicídio. Polícia considera ela principal suspeita da morte de sargento da Rondesp
Inicialmente, em depoimento, a viúva apresentou três versões para o assassinato. “Primeiro ela disse que um homem subiu na grade do apartamento e rendeu ela e o filho, mandando abrir a porta. Quando abriu, um outro homem teria invadido o imóvel”, contou o delegado Márcio Allan de Oliveira Assunção, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Em outra versão, Cleide disse que um homem entrou na casa pela porta da frente e invadiu o quarto. “Depois ela disse que um homem entrou pela janela do apartamento e matou o policial. Mas, o imóvel tem grades”. CulpaO delegado disse que a mulher de Fábio, que é filha de um coronel da reserva do Exército, ficará detida até que sejam concluídos os exames que vão indicar se foi ela que deflagrou os disparos. “Tudo leva a crer que as circunstâncias do crime aconteceram com as pessoas que estavam dentro do apartamento, o casal e a criança”, explicou. Na tarde de ontem, a viúva foi levada para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) para fazer exames que identificam se há resíduos de pólvora nela. Mesmo antes dos resultados, em nota, a Polícia Civil informou que ela foi encaminhada para a Dercca e autuada em flagrante por homicídio. A prisão preventiva dela deve ser solicitada hoje. No apartamento, foram encontradas as duas armas que eram usadas pelo PM. “Uma pistola estava completamente carregada e um revólver calibre 38 estava com duas munições disparadas”, disse o delegado. O corpo do sargento tinha duas marcas de tiros: uma na testa e outra no abdômen. Havia ainda uma lesão de bala na mão, que indicava que ele teria tentado se proteger do assassino. AçãoO tenente-coronel da Rondesp/ Central, Humberto Sturaro, informou que, além das contradições, a viúva não conseguiu explicar por que demorou para pedir ajuda. “Os estampidos foram ouvidos, às 6h, por uma policial que mora no prédio e outro policial que reside na vizinhança. Mas ela só pediu ajuda aos vizinhos por volta das 9h. Ela não soube dizer por que demorou tanto para pedir socorro”, disse. O delegado disse que a viúva teria dito que os assassinos teriam prendido ela e o filho em um dos quartos do imóvel. “Ela só não conseguiu explicar por que não gritou por socorro”, destacou. O marido da policial que ouviu os tiros foi a primeira pessoa procurada pela viúva. “O filho dela chegou lá em casa e falou que a mãe estava me chamando porque teriam machucado o pai dele. Quando cheguei no apartamento deles já encontrei o Fábio morto”, contou o vizinho. O menino, que é fruto do primeiro relacionamento de Cleide, era criado por Fábio como filho. “Quando ela se juntou com Fábio, o menino era muito peralta, mas depois ele ficou muito educado. Ele conheceu Cleide no Arvoredo, onde ela morava”, contou. AgressõesAs investigações indicam que o casal não vivia em paz conjugal. Cartas encontradas ontem no carro do PM indicaram que alguém estava se correspondendo com Cleide com intuitos amorosos. “Quero muito conhecer você”, dizia uma das cartas. Outras cartas encontradas tinham indícios de ameaças à vida do PM. “Como essas cartas estavam no carro do PM, ele tinha conhecimento do conteúdo. Isso pode ter sido motivo de conflito entre o casal”, destacou o delegado. Um ex-cunhado do sargento informou, na 11ª Delegacia Territorial, em Tancredo Neves, que o casal tinha um histórico de brigas. “Sabíamos que mais cedo ou mais tarde isso não acabaria bem”. Anteontem, segundo vizinhos, o casal teria se desentendido. “Ela disse que um homem entrou na casa dela enquanto o policial estava trabalhando e tentado fazer sexo com ela e a agredido. Quando Fábio chegou eles discutiram porque ela demorou a pedir ajuda”, relatou um vizinho. * Com informações dos repórter Leo Barsan, Jorge Gauthier e Adriana Planzo

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