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SALVADOR

Enfermeira é agredida após questionar cartão de vacina contra Covid-19 com irregularidades: 'Pulou em mim'

Agressões foram cometidas por mãe e tia de criança que tinha sido levada para se imunizar em um posto de saúde da capital. Caso foi registrado na delegacia e vítima já fez exame de corpo de delito

Alan Oliveira • 12/06/2022 às 15:22 • Atualizada em 28/08/2022 às 9:55 - há XX semanas

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					Enfermeira é agredida após questionar cartão de vacina contra Covid-19 com irregularidades: 'Pulou em mim'
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Uma enfermeira que atua na vacinação contra Covid-19 em Salvador foi agredida por duas mulheres no sábado (11), após questionar irregularidades no cartão de vacina de uma criança levada para receber a segunda dose da imunização. Assista ao vídeo abaixo

A situação aconteceu na Unidade Básica de Saúde Manoel Vitorino, no bairro de Brotas, onde a vítima atua desde 2020. Segundo Maíra Porto, a paciente tinha dois cartões, cada um com uma vacina e um local de vacinação diferente, e um dos documentos estava com informações incompletas.

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A enfermeira contou ao iBahia que tentou resolver o problema e pediu para que as mulheres, que se apresentaram como mãe e tia da criança, aguardassem até que ela e o resto da equipe apurassem ao certo qual era a vacina que a paciente tinha tomado na primeira dose, mas elas ficaram exaltadas.

"Quando eu voltei e falei para aguardar, porque solicitei correção, ela começou a se alterar: 'Eu vou ficar quanto tempo?'. Eu disse: 'Não posso precisar, mas vai ser resolvido, sua criança não vai sair sem tomar vacina'. Então, a mãe começou a ficar mais nervosa: 'Você é uma incompetente'", contou a enfermeira.

Em seguida, Maíra conta que a tia da criança se apresentou como médica e disse que ela deveria aplicar qualquer uma das duas vacinas, como se fosse a primeira dose. "Ela disse: 'Você vai fazer assim, você vai desconsiderar e vai aplicar a segunda dose como se fosse primeira'".

A enfermeira, então, teria explicado que não poderia fazer dessa forma, porque estaria quebrando o protocolo do Ministério da Saúde e cometendo um crime.

Nesse momento, de acordo com a enfermeira, as mulheres teriam ficado ainda mais nervosas. Foi aí que Maíra as direcionou para a sala da gerência do posto, para tentar resolver o problema. Chegando no local, as agressões físicas começaram.

"A mãe tomou o cartão, rasgou todo e falou: 'Se isso aqui era o problema, você vai fazer outro e considerar só uma'. Já a suposta médica estava muito exaltada. Ela esmurrou a mesa umas cinco veze e começou a gritar", contou ao iBahia.

"Quando a médica tentou tomar o cartão, a irmã dela pulou em cima de mim, puxando o cabelo, a orelha. Quando a médica viu, ela pulou em mim também. Ficaram as duas em mim. Me deram tapas, puxaram meu cabelo", completou.

A enfermeira conta que a gerente tentou ajudar, mas as agressões só acabaram quando um agente de saúde e o marido de uma das mulheres entraram na sala e conseguiram tirar as duas do local.

Após a situação, a Polícia Militar esteve no local e levou a vítima e as duas suspeitas para Central de Flagrantes, na região do Iguatemi, onde o caso foi registrado. Maíra disse ao iBahia que fez exame de corpo de delito ainda no sábado, após prestar depoimento.

Já as duas mulheres foram ouvidas e liberadas depois de assinarem um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), segundo informou a Polícia Civil, que segue investigando o caso. Em nota, a PC informou que o TCO será enviado para o Juizado Especial Criminal.

Em comunicado enviado para o iBahia, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que "lamenta profundamente e repudia as agressões verbais e físicas sofridas pela enfermeira".

A pasta disse ainda que "tal atitude é injustificada, sobretudo se tratando de profissional que se dedica a cuidar do próximo", e destacou que desacato a funcionário público no exercício da função ou em razão dela é crime previsto no artigo 331 do Código Penal, com detenção de seis meses a dois anos, ou multa.

Até a última atualização desta reportagem, o iBahia não havia conseguido contato com as mulheres acusadas de agressão.

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