Quando a médica Kátia Vargas soube que foi absolvida, anteontem à noite, sua primeira reação foi abraçar o advogado José Luis Oliveira Lima, que liderou sua defesa no processo desde abril de 2014. Ela soube da notícia pelo próprio José Luis. “Nós choramos bastante e ficamos abraçados”, contou o advogado, por telefone, ao CORREIO.
Desde então, Kátia é completamente livre. Quando a juíza Gelzi Souza assinou a sentença, foram revogadas todas as medidas cautelares – antes, a médica tinha restrições. Não podia, por exemplo, viajar sem autorização judicial. Mas, para o advogado José Luis, mesmo após a notícia, Kátia ainda continua anestesiada.
A vida dela, como reforça, nunca voltará ao normal, assim como a da família dos irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes. “Primeiro que Kátia continua vivendo à base de medicamentos, então, a reação dela não é de quem está absolutamente sem remédios. Esse caso é uma tragédia para duas famílias”.
Na terça-feira (5), no primeiro dia de julgamento, o advogado cumprimentou, inclusive, a mãe dos jovens, a enfermeira Marinúbia Gomes. Ele conta que conversou com ela enquanto o Salão do Júri do Fórum Ruy Barbosa ainda estava vazio por cerca de 10 minutos. “Conversei com essa senhora e ela é uma mulher extraordinária. Ela é uma mulher de fibra, uma mulher do bem. Realmente é uma senhora impressionante”.
Ao CORREIO, José Luis explicou que, diferentemente do que chegou a ser noticiado, a defesa não mudou a estratégia durante o julgamento. Isso porque, durante todo o processo, o advogado defendeu a absolvição da médica. No entanto, durante os debates no plenário na quarta-feira (6), afirmou que, se ela fosse responder por algo, que fosse por homicídio culposo. “As duas teses foram colocadas lá atrás”, disse.
Durante todo o julgamento, a família de Kátia esteve presente no júri – especialmente o marido e os dois filhos. No entanto, na avaliação dele, a presença da família não influenciou a decisão do júri, até porque a família dos irmãos Emanuel e Emanuelle também estava no local.
“Eu tive convicção de que os jurados iam jurar como se (o plenário) estivesse vazio e acho que isso ficou claro. Se tivesse havido pressão, a pressão não foi do nosso lado, do lado da defesa”. Ele ainda criticou, mais uma vez, a cobertura da imprensa ao caso, desde o dia 11 de outubro de 2013, quando aconteceu o acidente.
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Redação iBahia
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