Apesar de a Embasa assegurar que o fornecimento de água está sendo normalizado na capital baiana desde a noite da última sexta-feira (21), ainda tem muita gente reclamando das torneiras secas. Moradores de bairros altos são os principais queixosos.
No Politeama de Cima a jornalista Ana Lima, 36, está sem água desde a última quinta-feira (20). Em contato com a Embasa na manhã desta segunda-feira (24), os representantes do órgão afirmaram aos vizinhos da jornalista que o serviço será regularizado em 48 horas. Até lá, ela se vira como pode e conta com o apoio de amigos.
“Passei 24 horas sem tomar banho por conta da falta de água, fora o dia em que fui trabalhar com shampoo ainda no cabelo. Moro em um prédio de 21 andares com crianças, idosos e pessoas de meia idade que precisam deste abastecimento assim como eu. Se a Embasa ao menos informasse os horários que faltará água, talvez amenizasse um pouco esta agonia de todos”, se queixou.
Já no Nordeste de Amaralina, os moradores não tiveram a mesma sorte e nem com a Embasa conseguiram falar. O líder comunitário Gil de Leon explica que o que aliviou o sofrimento dos moradores foi a chuva que caiu no feriado. “Foi uma festa aqui, o povo estava enchendo baldes, toneis”.
É nesse momento de dificuldade que a solidariedade faz a diferença. “Aqui, a maioria das casas tem tanque de reserva, no mínimo dois. Quem tinha água sobrando emprestava pro vizinho”, revelou. Gil revela que o povo está atento e que se a Embasa cobrar pelo serviço que faltou durante estes dias, os moradores vão procurar o Ministério Público para reclamar da cobrança. Alguns moradores da Liberdade também ainda estão sem água na torneira.
A Embasa orienta que tem ainda estiver sem água deve procurar a empresa por meio do telefone 0800 0555 195 e informar endereço e número de matrícula. Técnicos verificarão se há alguma anormalidade impedindo a chegada da água.
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