Uma jovem de 23 anos teve a perna presa na porta de um ônibus enquanto passava pelo bairro da Barra na tarde desta sexta-feira (12). A vendedora Karol Ferro, 23 anos, filmou todo o ocorrido quando estava à bordo do veículo da OT Trans nº 10768 que faz a linha Pituba-Campo Grande R2. O funcionário da empresa foi afastado do cargo. As informações são do CORREIO.
Ao CORREIO, Karol contou que estava indo para o Shopping Barra, local onde trabalha, quando pediu para o motorista para deixar ela descer em frente ao Morro do Cristo, antes do ponto de ônibus, já que o sinal estava vermelho.
Porém, no momento em que a vendedora ia sair do ônibus, o rodoviário fechou a porta, o que prendeu a perna dela, do joelho pata baixo, do lado de fora do veículo. Karol pediu inúmeras vezes, com a ajuda de outros passageiros, para que ele abrisse a porta. Segundo ela, ele dizia apenas: 'só vou abrir quando quiser'.
A jovem disse anda que tentou tirar a perna e puxar para dentro de coletivo, mas a cada movimento ela fica mais machucada 'Estou com a perna roxa, sentindo muita dor', disse. Mesmo com medo e dor, ela gravou toda a situação e número da linha do coletivo.
Karol registrou um boletim de ocorrência (B.O) na tarde desta segunda-feira (15), na Delegacia da Barra. Segundo a advogada da vítima, Ludmilla Aguiar de Oliveira o motorista “ignorou o apelo de todos e não abriu a porta por uma longa distância, até que finalmente a soltou já depois do posto de combustíveis, próximo da Associação Atlética [da Bahia]”.
NO B.O., o corrido foi registrado como lesão corporal culposa conforme a Lei 9.503, artigo 303, que prevê detenção de seis meses a dois anos, além de suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
A vendedora disse ainda ao CORREIO que, após o que aconteceu, está com medo de pegar ônibus novamente. “Os motoristas acabam sendo os mesmos e, na volta do trabalho, eu desço já no fim de linha e fico sozinha no veículo. O motorista que prendeu minha perna com certeza fez isso só porque eu sou mulher”, desabafou.
O CORREIO tentou entrar em contato com a empresa Integra, mas não obteve resposta até o momento.
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Redação iBahia
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