O policial militar reformado Joil Roque Viana Junior, 42 anos, foi afastado da corporação em 2005. Conhecido como Magu, ele era lotado no 18º Batalhão, no Centro Histórico. Há dois anos, resolveu ser segurança do Mercado Santana, em São Gonçalo do Retiro, onde morava. “Acho que ele queria ter uma vida mais calma”, diz um vizinho. Mas os planos do PM não deram certo. Quinta-feira, por volta das 21h, ele foi morto com pelo menos 14 tiros em frente ao mercado. “Quando ele estava de costas para a saída do estabelecimento e mexendo no celular alguns criminosos apareceram atirando. Ele se virou e nesse momento levou dois tiros na lateral do abdômen e caiu no chão. Somente nas costas foram 10 tiros”, relata a delegada Francineide Moura, titular do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Ela conta que os assassinos usaram a arma de Joil para terminar a execução. “Arrancaram dele quando estava rendido e atiraram em várias partes do corpo. O crime aconteceu na rua Direta de São Gonçalo e o mercado fica a poucos metros da entrada da invasão Baixinha de Santo Antônio. Segundo a delegada, a área é extremamente perigosa. “Provavelmente os assassinos são traficantes dessa invasão. Já temos suspeitos”. A hipótese de assalto está descartada, pois nada foi roubado. Para remover o corpo foi necessário apoio de policiais militares. “Primeiro porque uma multidão tomou conta da rua e até o acesso ao local estava difícil. Além disso, a família estava completamente abalada e não queria deixar o corpo ir para o rabecão”, relata. Uma moradora conta que da porta de casa viu quando cinco homens estavam à espreita na esquina. “De repente já saíram andando e atirando. Foi muito tiro e vi que um do grupo ficou ferido”. Ela conta ainda que o mercado era o único ponto comercial aberto. “Acho que isso facilitou porque todo o comércio aqui fecha às 20h, então a rua estava mais vazia”. O policial morreu dentro do mercado, mas na calçada em frente ao estabelecimento o rastro de sangue e estilhaços de vidro era grande. A polícia diz que o veículo do mercado foi atingido por alguns tiros. Já amostras do sangue foram coletadas pelo Departamento de Polícia Técnica. Segundo a delegada, testemunhas dizem que a morte de Joil é uma vingança por ele ter denunciado um traficante da Baixinha. Um morador acredita que a presença de um policial na área inibia a ação de ladrões e pode ter incomodado. “Traficante não quer policial na área, né?”.
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