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SALVADOR

População teme novos confrontos em Valéria e Coutos

O dia amanheceu com viaturas paradas no final de linha da Lagoa da Paixão, em Coutos, e poucas pessoas circulando pelas ruas

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08/08/2015 às 16:34 • Atualizada em 27/08/2022 às 11:11 - há XX semanas
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A operação realizada pelas polícias Civil e Militar nos bairros de Valéria e Fazenda Coutos não tem data para encerrar. De acordo com José Alves de Bezerra, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o objetivo da ocupação é prender traficantes envolvidos com homicídios. Neste sábado (8), o dia amanheceu com viaturas paradas no final de linha da Lagoa da Paixão, em Coutos, e poucas pessoas circulando pelas ruas.
Viaturas fazem policiamento no final de linha da Lagoa da Paixão (Foto: Priscila Natividade)
"Com a ação da polícia diminui um pouco a tensão dos moradores, mas ao mesmo tempo continua a apreensão que aconteça algum confronto", disse um morador que preferiu não se identificar. Em algumas ruas de Valéria, o comercio funcionou normalmente e, apesar de ônibus circularem pelo bairro, os pontos estavam vazios. Nesta sexta-feira (7) seis pessoas morreram depois de trocar tiros com a polícia, treze pessoas foram conduzidas e seis armas apreendidas. Além disso, drogas e balanças de precisão também foram encontradas. “A ocupação será mantida durante todo o fim de semana. Iniciou sem prazo para ser concluída”, informou Bezzera, em nota. Cerca de 300 policiais civis e militares participaram da ação, que começou por volta das 3h. Mortos na operação Segundo a polícia, dois dos mortos no confronto tinham mandado de prisão pela chacina em Nova Brasília de Valéria, no último dia 26 de julho, que resultou nas mortes do sargento Osvaldo Costa Filho, 49 anos, e do filho dele, Railander da Silva Conceição, 24 anos, além de outras duas pessoas. São Jorge Lucas Santos da Cruz, 23 anos, e Lucinei Cardoso Barbosa, o Pinha ou Gago, 34. Os outros três mortos identificados são: Marcos Santos de Jesus, 24, José Márcio Cardoso de Jesus, 19, e Hugo Leonardo Farias dos Santos. A Polícia Civil informou, no final da tarde, que eles “estão sendo pesquisados para confirmar a existência de mandados de prisão e de processos criminais, uma vez que podem ter homônimos”. O sexto morto não foi identificado. Confrontos Segundo policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Polícia Militar, duas das mortes aconteceram, por volta das 6h, em supostos confrontos na localidade do Iraque. A dupla teria reagido ao ser presa, e trocou tiros com policiais da Rondas Especiais (Rondesp/BTS). Eles eram suspeitos de expulsar moradores da região da Lagoa da Paixão para transformar o local em um ponto de tráfico. Já os outros quatro suspeitos foram mortos em outro suposto confronto, também na localidade do Iraque, algumas horas após o primeiro. O grupo estava atrás da fábrica da Tidelli quando reagiu à voz de prisão por policiais militares. Ainda de acordo com a PM, eles tentaram fugir por um matagal e foram perseguidos por policiais do Bope, da Polícia Civil e por um helicóptero do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer), que monitorou a tentativa de fuga. Houve confronto, os suspeitos foram baleados e socorridos para o Hospital do Subúrbio, mas não resistiram aos ferimentos e morreram. Com esse grupo foram apreendidos R$ 1 mil, uma pistola de calibre 40, dois revólveres de calibre 38, um revólver calibre 32, uma quantidade de crack e aparelhos de som roubados de veículos. Lucas está entre os suspeitos mortos durante o segundo confronto, assim como Pinha. Ocupação Policiais usando máscaras brucutus e armas pesadas circularam durante todo o dia pelo bairro, entrando em casas e revistando moradores.
A região permanecerá ocupada (Foto: Amanda Palma)
A ocupação gerou desespero entre os moradores e muitas reclamações com relação à ação dos policiais . “Eles chegaram empurrando e batendo na porta de quem não tinha nada a ver. Duas vizinhas que não têm envolvimento com nada foram prejudicadas”, disse um homem, que mora na Lagoa da Paixão há cinco anos. A região permanecerá ocupada no fim de semana. “A polícia vai permanecer na área nesses próximos dias para realizar a manutenção da ordem, e não há previsão de quando vai sair”, confirmou o comandante da 19ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Paripe), major Elson Pereira. Participaram da operação equipes da Rondesp, Bope, Esquadrão Águia, 19ª CIPM, 18ª CIPM (Periperi) e 31ª CIPM (Valéria), da PM, Polícia Rodoviária Estadual (PRE), além do DHPP e Draco, da Civil. Com informações da repórter Priscila Natividade.
Correio24horas

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