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SAÚDE

Especialista lista três razões para fugir das dietas radicais

“Estimativas mostram que quase 80% das pessoas que emagrecem com restrições bruscas ganham o mesmo peso de volta, ou até alguns quilos extras”, explica David Wiener

Redação iBahia • 22/08/2020 às 0:01 • Atualizada em 26/08/2022 às 23:38 - há XX semanas

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Quer emagrecer? A principal orientação é fuja das soluções rápidas. Dietas muito restritivas, shakes e suplementos podem trazer os sonhados quilos a menos, mas, em pouco tempo, eles retornam. “Estimativas mostram que quase 80% das pessoas que emagrecem com restrições bruscas ganham o mesmo peso de volta, ou até alguns quilos extras”, explica David Wiener, especialista em nutrição do Freeletics.
Segundo Wiener, essas dietas não são sustentáveis a longo prazo. “O efeito sanfona prejudica a saúde das pessoas. Entrar e sair de dietas extremas não é apenas frustrante, mas também compromete o bem-estar do corpo e da mente”, pontua. E o especialista do Freeletics explica os motivos:
1) O metabolismo fica desregulado
“O organismo tem instintos intrínsecos e um deles é permanecer vivo. Ao fazer uma dieta extrema, baixando as costumeiras 2.000 calorias por dia para 1.200 calorias, por exemplo, o corpo entra no modo de sobrevivência”, explica Wiener. O corpo passa a agir da seguinte maneira: as células adiposas produzem um hormônio chamado Leptina, que indica ao cérebro que o organismo já consumiu gordura suficiente. Mas, ao perder a gordura corporal por meio da dieta, os níveis de Leptina também caem, fazendo com que a pessoa se sinta “esfomeada”. Com isso, ela fica mal-humorada e só consegue pensar em comida.

Essa é a estratégia do corpo para fazer com que um indivíduo não passe fome. Para piorar a situação, durante uma dieta de baixa caloria, o corpo queima menos calorias em um esforço para economizar energia. A fome extrema faz com que muitas pessoas interrompam a dieta e passem a comer em excesso, mas o metabolismo mais baixo faz com que elas ganhem mais peso do que perderam, pois o corpo reduziu os esforços para queimar calorias enquanto tentava estocar reservas de gordura.

2) Ameaça o bem-estar emocional
“Nada desencadeia mais emoções negativas sobre comida e imagem corporal do que a dieta”, alerta Wiener. Estar sempre com fome, sem comer o que gosta e ainda não perceber resultados no espelho pode ser muito prejudicial para o bem-estar emocional. Além disso, é preciso se preocupar com a relação com a comida, explica: “Muitas pessoas têm uma relação distorcida com os alimentos, vendo-os como bons ou ruins, ou como uma recompensa ou uma punição. Isso se intensifica em uma dieta extrema, que transforma o comer no centro das atenções”.
As dietas da moda encorajam o pensamento de curto prazo e fazem com que pareça muito fácil perder peso, mas como esses planos alimentares são extremos e insustentáveis, os que se aventuram por elas desistem e ainda se sentem fracassados.
3) Altera a flora intestinal
Alguns estudos mostram que a perda e o ganho de peso repetidos podem desequilibrar as milhares de bactérias, conhecidas como flora intestinal. Esses agentes microscópicos são responsáveis por diversas funções: desde manter um sistema imunológico forte e ajudar na digestão, até diminuir a inflamação e produzir as vitaminas B e K. “Essas bactérias são muito importantes, então enfraquecê-las pode potencialmente causar muitos problemas ao corpo”, explica Wiener.
Para o especialista, não há dieta milagrosa, e perder e ganhar peso repetidamente é uma batalha em que a saúde sai perdendo. “Conseguir um corpo definido requer mudanças permanentes na mentalidade e nos hábitos, começando com pequenos passos na alimentação e exercícios que estabelecem um ciclo positivo em ação”.

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