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SUSTENTABILIDADE

Penas para crimes contra vida selvagem e florestas devem valer mais, sugere ONU

A Organização das Nações Unidas (ONU) pede aos países que classifiquem os crimes contra as florestas e a vida selvagem como "uma séria forma de crime organizado transnacional". O apelo foi feito no dia 24 de abril, durante a sessão da Comissão sobre Prevenção do Crime e Justiça Criminal, em Viena, na Áustria.

• 26/04/2013 às 8:00 • Atualizada em 02/09/2022 às 6:02

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O objetivo do alerta é reduzir os crimes ambientais
Foto: sxc.hu

A Organização das Nações Unidas (ONU) pede aos países que classifiquem os crimes contra as florestas e a vida selvagem como "uma séria forma de crime organizado transnacional". O apelo foi feito no dia 24 de abril, durante a sessão da Comissão sobre Prevenção do Crime e Justiça Criminal, em Viena, na Áustria.

O alerta do diretor-executivo do Escritório da ONU contra Drogas e Crime (Unodc) Yuri Fedotov e do secretário-geral para a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora Selvagens (Cites), John E. Scanlon, tem como objetivo reduzir esses crimes, em especial os realizados nas áreas de legislação, aplicação da lei, análise criminal e cooperação internacional.

Um relatório, lançado recentemente pelo Unodc, mostra que o valor total de comércio ilegal da vida selvagem no leste da Ásia e Pacífico é de US$ 2,5 bilhões por ano, ou cerca de R$ 5 bilhões. A agência destaca o impacto arrasador na biodiversidade do planeta: na mesma região, só o comércio ilegal de produtos de madeira movimenta US$ 17 bilhões.

Lavagem de Dinheiro

Scanlon afirmou que "para combater seriamente esses crimes", é preciso um trabalho conjunto "que leve a investigações, acusações e condenações".

Segundo o Unodc, além de destruir a biodiversidade, crimes contra florestas e a vida selvagem também contribuem para a lavagem de dinheiro, assassinatos e violência extrema. Fedotov sugere legislações nacionais prevendo pena de pelo menos quatro anos para esses crimes.

O Unodc e a Cites trabalham em conjunto com a Interpol, a Organização Mundial das Alfândegas e o Banco Mundial, dando apoio a governos e agências para proteger os recursos naturais da exploração criminal.

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