A atriz Sophie Charlotte recebeu a grande missão de interpretar uma das vozes mais marcantes da Música Brasileira quando foi escolhida para viver Gal Costa em "Meu nome é Gal", filme dedicado a artista que chega aos cinemas no dia 19 de outubro. Em entrevista ao iBahia durante a pré-estreia do longa, que aconteceu nesta segunda-feira (2) no Cine Glauber Rocha, em Salvador, Sophie falou sobre os desafios de mergulhar na vida de Gal.
Soteropolitana, Gal Costa tem uma relação íntima com a capital baiana e muito de sua personalidade artística foi inspirada nas ruas de Salvador. Essa conexão foi essencial para Sophie, que precisou se apropriar do dia a dia soteropolitano para se conectar com Gal em sua juventude.
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"Foi um processo muito lindo estar aqui e conhecer [Salvador], eu realmente me apaixonei pela cidade. Sempre que eu posso, eu venho, amo estar aqui", disse a artista, que buscou curtir a cidade enquanto fazia pesquisas sobre a trajetória de Gal.
O filme se passa entre os anos 1960 e 70, o filme explora a juventude da cantora e um momento crucial para sua carreira: quando Gal deixa Salvador. "É um momento em que ela estava saindo de Salvador então eu precisava entender o jeito, o dengo, os sabores, tudo isso que compõem o imaginário dessa Gal que está saindo daqui", conta Sophie.
As obras de Gal foram uma grande fonte de inspiração para Sophie, que encontrou ali traços da essência da artista.
"Eu acho que o artista revela através de sua obra muita coisa, é a sua voz expressiva no mundo. Para além da beleza do canto dela [Gal], cada escolha de como ela conta a história daquela letra para mim revela muito. O processo foi tentar montar um retrato, uma homenagem, a minha impressão sobre ela. Todos falam da doçura dela, da simplicidade, de como ela sempre foi reservada e nesses pontos eu acho que eu me encontro com ela, eu a entendo. E ao mesmo tempo entender a explosão dela como artista foi o grande desafio", explica Sophie.
A atriz pontuou ainda que cena mais bonita do filme foi a última a ser filmada. A cena foi gravada com Geroge Sauma, que interpreta Waly Salomão no longa, um amigo e parceiro de carreira de Gal Costa.
"A última [cena] que nós filmamos foi de Gal com Waly, eu sabia que aquilo ia fechar esse ciclo, a jornada dos sete", emocionou-se a atriz ao falar do momento.
As trocas com a própria Gal também foram importantes para que Sophie pudesse se sentir segura com o filme. A atriz contou que vivenciou momentos de troca com a cantora que foram essenciais para a realização do longa.
"Ela viu todo o conceito do filme, ouviu também minha voz gravada, o que é surreal. Eu estava com muito frio na barriga, mas foi lindo, ela super incentivou o filme. Eu me senti muito acarinhada, ela sempre foi muito carinhosa comigo", contou Sophie.
A pré-estreia de "Meu nome é Gal" contou com a presença de grande parte do elenco, como o ator Luis Lobianco, a roteirista e diretora Lô Politi e a também diretora Dandara Ferreira. A primeira exibição do longa em Salvador foi também uma forma de homenagear a cantora, que nunca abandonou as raízes baianas.
"Ter a estreia aqui, a primeira exibição do filme foi uma conquista muito linda, eu estou muito emocionada de estrear o filme em Salvador", disse Sophie Charlotte.
Redação iBahia
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