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37% das casas de veraneio pertencem à classe C

Número de residências de praia ou campo no país subiu 46% em 10 anos. Aumento de renda permite ampliação do repertório de consumo, diz estudo

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10/04/2012 às 22:19 • Atualizada em 29/08/2022 às 11:15 - há XX semanas
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Pesquisa do Instituto Data Popular divulgada nesta terça-feira (10) mostra que 37,1% das 3,94 milhões de residências utilizadas no país para recreação e descanso pertencem à classe C. As famílias da classe A respondem por 31,8% das casas e apartamentos de veraneio e as da classe B por 31,1% do total.
O número de residências de veraneio e lazer, por sua vez, aumentou 46,45% em 10 anos
Segundo o estudo, feito a partir de dados coletados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a quantidade de casas e apartamentos na praia e no campo utilizados como segunda residência cresceu mais do que o número de moradias fixas. De 2000 a 2010, o número de moradias fixas subiu 24,35%, passando de 45,8 millhões para 57 milhões de domicílios. O número de residências de veraneio e lazer, por sua vez, aumentou 46,45% em 10 anos, passando de 2,69 milhões para 3,94 milhões, segundo o Data Popular. No período, o país ganhou um acréscimo de 1,25 milhão de residências de veraneio Segundo estudo, com a economia aquecida e aumento da rensa, a classe C - a chamada nova classe média (famílias com renda mensal média de R$ 2.374) - passou a considerar mais a aquisição de um segundo imóvel. "A classe média está ampliando o seu repertório de consumo, indo além de itens tradicionais como celular, TV e carro. E isso faz com que apareçam novos produtos e novas possibilidade de entretenimento", diz Wagner Sarnelli, sócio-diretor do Data Popular. "As famílias que viajavam de ônibus e ficavam na casa de parentes ou que alugavam uma casa na praia para uma temporada passaram a viajar de avião, a ficar em hotel e agora também já consideram ter um cantinho próprio", complementa. Além da maior facilidade de crédito e financiamento imobiliário, Samelli cita também a tendência de compra conjunta. "É comum pai, mãe e irmão se mobilizarem para fazer uma compra cooperada", diz. O estudo mostra também que Porto Alegre é a capital que concentra os maiores índices de famílias com casa na praia ou no campo, utilizada ocasionalmente como segundo lar. Curitiba aparece em segundo lugar e São Paulo, em terceiro.

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