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Tragédia

Acidente que matou 99 pessoas em Pojuca completa 40 anos

Relembre tragédia que embasou curta-metragem premiado

Redação iBahia • 31/08/2023 às 20:48 - há XX semanas

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					Acidente que matou 99 pessoas em Pojuca completa 40 anos
Foto: Reprodução/ TV Bahia

O dia 31 de agosto marca uma tragédia histórica para a cidade de Pojuca, localizada a 67km de Salvador. Nesta quinta-feira (31), o acidente de trem que matou 99 pessoas na cidade completa 40 anos.

Os trilhos - que marcam o trajeto realizado pela locomotiva até o Porto de Aratu, em Candeias - ainda cortam a cidade e funcionam como uma constante lembrança do ocorrido. A tragédia aconteceu em agosto de 1983, quando o trem, que transportava combústível, foi atigindo por um incêndio de grandes proporções.

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As chamas, que chegaram a 30 metros de altura, podiam ser vistas de fora da cidade. O incêndio matou 99 pessoas, 120 ficaram feridas e 2 crianças nunca foram encontradas.

Em reportagem especial da TV Bahia, o comerciante Raimundo Costa, que sobreviveu a tragédia, falou sobre as cicatrizes deixadas pelo fogo em sua memória e corpo. Raimundo, que tinha 12 anos na época, sofreu queimaduras em 85% do corpo e conta que renasceu após o acidente.

"Faço aniversário duas vezes ao ano porque esse foi um dia de sobrevivência mesmo. Deus me trouxe de volta", conta ele

Casas também foram destruídas pelas chamas, que começaram 14 horas depois do descarrilamento de 3 dos 22 vagões do trem. Cerca de 126 mil litros de combustível tomaram a Rua Piedade, onde 15 casas foram destruídas pelo fogo.

O trem saiu da antiga refinaria Refinaria Landulpho Alves, em São Francisco do Conde, com destino ao Terminal de Riachuelo, na cidade de Laranjeiras, em Sergipe. Pessoas de toda a cidade correram para saquear a carga que caiu do trem.

Até hoje o motivo exato do incêndio não foi descoberto, entretanto, a suspeita é de que uma faísca pode ter sido a causa de toda a tragédia. Familiares dos mortos foram indenizados, mas ninguém foi responsabilizado pelo acidente e o processo foi arquivado em 1994.

Atualmente com 40 mil habitantes, o dia da tragédia se tornou ponto facultativo para servidores municipais. A tragédia chegou a virar um curta-metragem premiado, criado por jovens da rede pública da cidade.

"Somos de uma nova geração, que não viveu isso. Com esse vídeo quisemos passar uma mensagem para a nova geração, para que essa tragédia não fosse esquecida", conta Luís Felipe, fotógrafo e um dos realizadores do curta. Além disso, um dia em memória das vítimas de uma das maiores tragédias em ferrovias do Brasil.

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