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Adolescente é espancado em ônibus escolar de Camaçari: 'com medo'

Menino foi agredido com socos por sete colegas e precisou de atendimento médico

Redação iBahia • 01/03/2022 às 17:34 • Atualizada em 31/08/2022 às 17:32 - há XX semanas

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Um adolescente de 15 anos foi espancado, com murros e chutes, por sete colegas em um ônibus escolar de Camaçari, na Bahia, na última sexta-feira (25). Segundo texto publicado nas redes sociais do jovem, o ataque foi motivado por homofobia.

"Estou com muito medo. Foi a escola que mais me adaptei e fiz amigos", desabafou o adolescente.

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Por causa das agressões, o adolescente precisou ser levado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, onde recebeu atendimento.

A mãe do garoto, Mara dos Santos, de 50 anos, disse que descobriu o acontecido através da mãe de uma das colegas do jovem, que também foi atingida pelas agressões ao tentar se proteger.

"A mãe de uma das meninas 'guardou' ele dentro da casa dela e mandou buscar, porque queriam matar ele", contou. [Veja vídeo da agressão abaixo]

Segundo Mara dos Santos, o adolescente ficou com hematomas na nuca, pescoço, pernas e braços, que chegaram a ficar roxos. Ela também contou que o psicológico do menino também está abalado.

"Ele foi pra UPA [Unidade de Pronto Atendimento], tomou medicamentos. Teve hematomas na nuca e no braço, mas bateram mais na parte da nuca, na cabeça e nos ombros", explicou.

Segundo a mãe do jovem, as agressões foram desencadeadas por causa de um vídeo publicado pelo filho nas redes sociais, em que imita um meme com uma amiga.

"Ele está com o psicológico abalado, com medo, todo mundo ficaria. O pessoal está ameaçando ele de morte no Instagram, mandando fotos", desabafou Mara.

Assim como o menino, Mara também está abalada com o acontecido. Segundo ela, essa não foi a primeira vez que o filho sofre com preconceito.

"Não é de agora que fazem bullying com ele. Chamam de 'viado' já tem muito tempo. Desde o colégio municipal. Eles estudaram juntos, mas alguns ficaram nas escolas estaduais e outros na municipal", explicou.

Estudante do 1° ano do Colégio Estadual José de Freitas Mascarenhas, o jovem agora tenta se recuperar do ocorrido. Ainda de acordo com Mara, o filho recebeu ajuda psicológica e de um advogado, concedidos tanto pela escola do menino quanto pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia.

Secretaria de Justiça repudia caso

Em nota, a Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS) lamentou a agressão sofrida pelo adolescente.

"Nas imagens, o adolescente é agredido por outros sete colegas dentro do veículo. O jovem ficou ferido e precisou ser levado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. A SJDHDS está acompanhando o caso junto à Secretaria de Educação (SEC) e a Diretoria do Colégio Estadual José de Freitas Mascarenhas, onde o jovem estuda", afirmou Carlos Martins.

Ainda segundo o comunicado, por meio do Centro de Promoção e Defesa dos Direitos LGBT da Bahia (CPDD-LGBT), a "SJDHDS colocou a equipe jurídica e psicossocial à disposição do estudante e sua família para acompanhar e orientar em relação ao caso e às providências cabíveis neste momento".

Já a mãe do jovem tenta registrar um Boletim de Ocorrência (BO) e busca uma solução diante do medo com a segurança do filho.

"Como que eu vou mandar meu filho para o colégio? Mesmo que eu mande de outra condução, quem vai proteger ele na escola?", questiona. "Ele foi espancado dentro de um patrimônio público, então alguém tem que arcar com isso", afirma.

Em nota, a Secretaria de Educação informou que a gestão escolar já identificou um aluno do colégio envolvido no caso. A família e o conselho tutelar foram acionados.

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