As descobertas de óleo de excelente qualidade na camada do pré-sal colocaram a pesquisa tecnológica em um patamar ainda mais alto na agenda da Petrobras. Desde 2002, a companhia vem aplicando o equivalente a 1% de seu faturamento em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), e boa parte desses recursos nos últimos anos tem se destinado à nova fronteira exploratória. O percentual poderia parecer até modesto em uma empresa de outra área, mas não no segmento de energia, no qual o faturamento costuma ser bastante elevado. Tanto assim que, de 2008 a 2010, as aplicações em P&D totalizaram US$ 2,6 bilhões. No Plano de Negócios para o período 2011-2015,a soma de recursos chega a US$ 4,6 bilhões. “Estamos num patamar superior ao de outras empresas de energia e entre as cinco que mais investem no mundo. A maioria investe de 0,4% a 0,5% de seu faturamento”, assinala o gerente geral de Gestão Tecnológica da Petrobras, Oscar Chamberlain. Com uma vasta experiência na exploração de óleo em águas profundas e ultraprofundas, a companhia está preparada para o pré-sal, uma vez que a tecnologia já está dominada. O desafio agora é produzir deforma mais rápida e com menos custos, recuperando o óleo de rochas arenosas a profundidades que podem chegar a quatro mil, cinco mil metros ou mais, a partir da lâmina d’água. A estratégia tecnológica adotada segue três direcionamentos - expansão dos limites, diversificação dos produtos e sustentabilidade. Os resultados são claros, diz Chamberlain. Para cada descoberta do pré-sal, desenvolvem-se novas tecnologias de recuperação de petróleo. Não é de hoje que a Petrobras é reconhecida como uma das empresas mais inovadoras em óleo e gás, independentemente dos estudos com vistas à exploração da camada do pré-sal.Um levantamento feito pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) coloca a estatal no topo da listadas 50 empresas que mais fizeram pedidos de patentes no Brasil entre 2004 e 2008: 388 registros. Chamberlain salienta que isso se deve ao relacionamento intenso com universidades e instituições de pesquisa distribuídas por todo o país. São cerca de cem instituições, que integram redes temáticas debruçadas sobre desafios tecnológicos específicos, nas quais foram investidos este ano US$ 460 milhões. “Isso permite que a Petrobras tire proveito da inteligência de nossa academia para obter respostas a problemas e desafios que se apresentam na nossa indústria. Tem também permitido trazer para o Brasil laboratórios altamente preparados” , diz. Para o executivo, todo esse esforço vai desaguarem um excelente resultado: o Brasil caminha para se posicionar como um polo mundial de energia.
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