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Após decisão da Justiça, Embasa não pode aumentar contas

O magistrado acatou o pedido do líder do Democratas na Assembleia Legislativa, deputado Pablo Barrozo, que ingressou com ação popular contra o aumento

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Redação iBahia

06/06/2016 às 14:40 • Atualizada em 01/09/2022 às 15:24 - há XX semanas
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Com a decisão liminar do juiz Ruy Brito, titular da 6ª Vara da Fazenda Pública, que foi proferida no último dia 30, a Embasa não pode começar a cobrar o reajuste de 9,95% nas contas de água que começaria a vigorar a partir de hoje (6), conforme autorização do governo do estado, via Agência Reguladora de Saneamento Básico da Bahia (Agersa). O magistrado acatou o pedido do líder do Democratas na Assembleia Legislativa, deputado Pablo Barrozo, que ingressou com ação popular contra o aumento.
"A Embasa está desautorizada a aplicar qualquer tipo de aumento. Os consumidores precisam estar atentos a partir de hoje para não pagarem esse reajuste abusivo porque estão amparados na decisão judicial", afirmou Pablo Barrozo. Ele lembrou que a Justiça considerou o reajuste abusivo. Na decisão, o juiz acolheu os argumentos do parlamentar, incluindo o fato de que este é o quinto aumento consecutivo concedido pela Embasa com percentuais acima da inflação, “afetando diversos consumidores, que não conseguirão adimplir suas faturas mensais”.
A inflação do período de abril de 2015 ao mesmo mês de 2016, pelo IPCA, foi de 9,28% (o percentual chega a 9,83% pelo INPC). Ou seja, abaixo do reajuste proposto pela Embasa e autorizado pelo governo do estado. "O governo deveria ter a preocupação de analisar o momento difícil pelo qual o país passa, com a inflação em alta e os consumidores perdendo cada dia mais poder de compra. Um aumento desses penaliza a todos, inclusive o setor produtivo, que é um dos que mais sofrem com a crise na economia nacional", salientou o deputado.
Para o juiz, com base na ação do deputado, os sucessivos reajustes abusivos atentam “diretamente ao princípio da modicidade da tarifa, porque impôs à sociedade aumento desproporcional e, do outro lado, exorbita os lucros da concessionária”. O juiz reconheceu ainda que a Agersa não deu a devida publicidade e nem apresentou as justificativas para o aumento decretado no final de abril, bem como não leva em consideração os momento econômico e político delicados, sobretudo quando se trata de água, insumo vital à vida humana.
“O objetivo com esse aumento foi assegurar uma elevação arbitrária do lucro da Embasa, prejudicando os consumidores, que ainda estão longe de ter um serviço de qualidade na área, vide as constantes suspensões no abastecimento, inclusive em grandes cidades como Salvador. Por isso, a Justiça está de parabéns por ter acatado nossa ação”, disse Pablo Barrozo.
O deputado lembrou que o reajuste vai ter impacto também no aumento da inflação e dos preços em geral ao consumidor, já que ele será repassado pelo comércio e pela indústria. “Vale lembrar que o reajuste autorizado pela Agersa ocasionaria um impacto relevante no orçamento dos usuários uma vez que a conta de água é também composta pela tarifa de esgoto, fixada em percentagem sobre a primeira. Ou seja, haverá um efetio cascata, prejudicando em demasia os consumidores num momento de crise na economia”, ressaltou Pablo Barrozo.

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