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BAHIA

Bahia tem o município com maior taxa de homicídios de jovens

Itabuna foi apontada com maior taxa de homicídios no país. Além desta, a Bahia teve Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista entre os dez maiores índices

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13/12/2012 às 9:27 • Atualizada em 28/08/2022 às 21:43 - há XX semanas
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Segundos os dados do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), a cada grupo de mil adolescentes três morrem antes de completar 19 anos. Referentes aos municípios com mais de 100 mil habitantes, Itabuna foi apontada com maior taxa de homicídios no país e ainda mais três cidades na Bahia. Com isso, a Bahia ficou na segunda posição com cidades que tem o IHA mais alto com uma média de 7,86 a cada 100 mil. O município mais violento é Itabuna (BA), que registra 10,59 homicídios em cada grupo de mil jovens. Em seguida no estado, fica a capital Salvador, com uma taxa de 8,76, seguida pela cidade de Feira de Santana (8,39) e Vitória da Conquista (8.13).

Índice de Homicídio de Adolescentes em municípios com mais de 200 mil habitantes

Posição

Município

UF

IHA 2010

Número total esperado de mortes entre 12 e 18 anos (2010 a 2016)

1

Itabuna

BA

10,59

261

2

Maceió

AL

10,15

1.214

3

Serra

ES

8,92

452

4

Ananindeua

PA

8,89

566

5

Salvador

BA

8,76

2.613

6

Feira de Santana

BA

8,39

585

7

Vitória da Conquista

BA

8,13

313

8

Vitória

ES

8,04

275

9

Foz do Iguaçu

PR

7,83

273

10

Marabá

PA

7,39

254

A estimativa, se não houver queda no índice nos próximos anos, é que 36.735 jovens de 12 a 18 anos sejam mortos, possivelmente por arma de fogo, até 2016. A maioria das vítimas é homem e negro*. Em relação a estimativa, Salvador registra o maior número, com um esperado de 2.613 adolescentes mortos entre 12 e 18 anos. O estado que registrou maior taxa com cidades com índices maiores foi Alagoas, média de 9,07. Na terceira colocação ficou o Espírito Santo (6,54), que também estavam no topo do ranking em 2009. O menor índice foi identificado em São Paulo (0,94), cuja capital também é a menos letal para adolescentes. Calculado pelo Laboratório de Análise da Violência (LAV) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o IHA passou de 2,61 mortes por grupo de mil jovens para 2,98. Os dados, referentes a municípios com mais de 100 mil habitantes, foram divulgados nesta quinta-feira (13) pela Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República, pelo Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) e pela organização não governamental Observatório de Favelas, no Rio.
Entre as regiões, correm mais risco os jovens do Nordeste, onde o IHA é 4,93, bem superior ao nacional (2,98). Estima-se que, entre 2010 e 2016, ocorram 13.094 assassinatos de adolescentes na região. O Norte (3,62) está em segundo lugar, seguido do Sul (3,19). Já o Sudeste tem a menor a taxa (2,01), mas a maior população, o que pode significar 12.475 jovens mortos no período. Alguns fatores, como gênero e raça, aumentam a possibilidade de um jovem ser morto. Em 2010, a chance de um adolescente do sexo masculino ser assassinado era 11,5 vezes maior que a de jovens do sexo feminino. Se o indivíduo for preto ou pardo, a possibilidade aumenta quase três vezes em relação ao branco. Para reduzir o índice de assassinatos de adolescentes, são necessárias medidas de combate à violência letal, inclusive com controle de armas de fogo e munição, sugere o levantamento. A probabilidade de um jovem ser morto com revólver ou pistola é seis vezes maior do que a de ser morto por qualquer outro meio.

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