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Bahia tem um caso de violência contra a mulher a cada dois dias

Rede de Observatórios levantou dados de violência contra mulher em cinco estados brasileiros

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Redação iBahia

10/03/2022 às 5:00 • Atualizada em 26/08/2022 às 23:50 - há XX semanas
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A cada dois dias uma mulher é violentada na Bahia, de acordo com o relatório anual da Rede de Observatórios da Segurança divulgado nesta quinta-feira (10). Ou dado trazido pela pesquisa é que em comparação com 2020, em 2021 houve uma queda de 31% nos registros.

Porém, quando é analisado os tipos de violência sofridas por essas vítimas, o relatório reforça que não há grande variação quando se trata de feminicídio: foi de 70 em 2020 para 66 casos em 2021.

Para Luciene da Silva, uma das pesquisadoras do Observatório de Segurança da Bahia, chama atenção o fato de que apesar de no estado existirem ações, como a Ronda Maria da Penha, o número de feminícidio seguem alto.

“A violência contra a mulher é tratada muitas vezes no âmbito privado. Mas o poder público tem que entender que tem responsabilidade. Precisa dialogar para ter uma sociedade menos machista, menos misógina. Além disso, dar condições para as mulheres vítimas de violência, isso inclui, por exemplo, assistência para dar continuidade nas denúncias. Além de implementar medidas que encorajem essas vítimas a denunciar o agressor”, pontuou.

Os dados do relatório da Rede de Observatórios são produzidos de maneira independente a partir de um monitoramento do que circula nos meios de comunicação e nas redes sociais sobre violência e segurança.

Entre os cinco estados pesquisados – Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Ceará - a Bahia é o quarto com o maior número de feminicídios e violência contra a mulher em 2021. Ao todo, foram 200 casos catalogados pelo estudo, o que mostra uma redução de 31% se comparado com 2020, quando 289 mulheres foram agredidas ou mortas por serem mulheres.

Nos cinco estados, os números gerais – 1975 casos - revelam um aumento de 8% de 2020 para 2021, quando foram registrados 1.823 casos de feminicídio e violência contra a mulher.

Tipos de violência

O relatório da Rede divide a violência contra mulheres entre tentativa de feminicídio/agressão física, feminicídio, homicídio, violência sexual, estupro, tortura/cárcere privado/sequestro, agressão verbal/ameaça, tentativa de homicídio, transfeminicídio e bala perdida.

Luciene destaca que uma das questões mais importantes da violência contra a mulher é categorização correta dos crimes. “Quando a mulher morre por ser mulher, é fundamental que o crime não seja registra como homicídio, e sim como feminicídio”, reforça.

Outro dado trazido pelo relatório é de que em 65% dos casos de feminicídios destes cinco estados os assassinos são companheiros ou ex-companheiros das mulheres. Quando o recorte é ampliado para violência, o percentual fica quase o mesmo, 64%.

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