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Baiano é identificado como 'boiola' em catraca de prédio

Jovem afirma ter sido constrangido ao sair de edifício empresarial após consulta médica

Redação iBahia • 01/07/2016 às 9:26 • Atualizada em 27/08/2022 às 0:45 - há XX semanas

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O que era para ser uma ida convencional ao médico virou um dia de constrangimento e confusão na vida de Samuel Nascimento de Oliveira Neto. Na manhã de quinta-feira (28), ao deixar o Edifício Mundo Plaza, na Avenida Tancredo Neves, após sair de uma consulta médica, o estudante de Direito afirma ter vivido uma situação de homofobia e discriminação.

				
					Baiano é identificado como 'boiola' em catraca de prédio
"Ao depositar meu crachá para saída, olhei para o visor da catraca, que após depósito do crachá informava o status de liberado junto com o nome do visitante. Verifiquei que meu nome constava no visor da catraca como: ''SAMUEL BOIOLA''. Neste momento, um amigo chegou para me cumprimentar e presenciou o ocorrido me constrangido mais ainda (SIC). Perguntei ao segurança onde se encontrava a administração do condomínio e me dirigi a mesma. Chegando lá, fui recepcionado por um funcionário e relatei o ocorrido", explica.
Ainda de acordo com Oliveira, após deixar o prédio, ele recebeu uma mensagem no celular de um funcionário do edifício. "Após um certo tempo, o funcionário me enviou um whatsapp solicitando a foto tirada por mim da catraca e logo depois me ligou solicitando o número do meu RG", revela.
Ainda na tarde de quinta-feira (28), Samuel voltou ao local com um atestado médico para comprovar a ida até o condomínio. Desta vez, a identificação que aparecia na catraca era diferente: "Samuel Loiola".
A história se prolongou até a noite, quando o estudante afirma ter recebido uma ligação de uma funcionária do edifício para checar se ele já havia trabalhado lá e há quanto tempo. "Eu confirmei que trabalhei sim, numa empresa que ficava em uma das salas do condomínio, com isso não entendi, mas ao analisar tal questionamento, percebi que meu nome já constava em sistema daquela forma pejorativa e discriminatória desde setembro de 2013", esclarece indignado.
Samuel registrou um queixa de injúria na 16º Delegacia de Polícia, no bairro da Pituba.

				
					Baiano é identificado como 'boiola' em catraca de prédio
O iBahia entrou em contato com a assessoria do Edifício Mundo Plaza que divulgou a seguinte nota:
"O Mundo Plaza respeita a autodeterminação de identidade de gênero dos seus funcionários e de todos os frequentadores do centro comercial e repudia qualquer ato de preconceito por caracterizar clara violação aos direitos da personalidade e à dignidade da pessoa humana. O empreendimento informa que já tomou todas as medidas cabíveis junto a empresa terceirizada – uma das mais respeitadas e conceituadas no mercado de prestação de serviço de Salvador -, que é a responsável pela contratação do funcionário envolvido no caso."

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