Por problemas genéticos, Cláudio Vieira de Oliveira, de 37 anos, baiano de Monte Santo, nasceu com o pescoço virado para trás. O problema não impediu Cláudio de estudar e trabalhar. Após aprender a escrever com um lápis na boca, ele se formou em contabilidade e virou suplente de diretor fiscal do Sindicato dos Contabilistas da Bahia. Cláudio conta sua história em palestras motivacionais e dá exemplo para milhares de pessoas em todo o mundo.
Baiano de Monte Santo foi ao Vaticano conhecer o Papa João Paulo II |
"Comecei a me interessar pelos estudos aos seis anos, ao observar meus irmãos fazendo atividades escolares. Pedi à minha mãe que me colocasse na escola, mas ela se esquivava, pois tinha medo da reação dos alunos. Como persisti, ela procurou uma pessoa para me dar aula particular. Assim, aprendi o alfabeto e comecei a formar as primeiras palavras, tudo com a boca", disse Cláudio ao jornal Folha de S.Paulo.
Cláudio conta que em 2000 viveu um dos momentos mais emocionantes da vida, quando conheceu o Papa João Paulo II. A história do baiano foi contada por um amigo que escreveu ao Vaticano. Para Cláudio, a deficiência serve como motivação.
"Meu trabalho é dar palestras motivacionais em empresas. Acho que nasci designado a cumprir uma missão: ser exemplo de perseverança e superação. Mostro que podemos enfrentar todos os problemas e obstáculos. Temos que aceitar a vida e vivê-la. Gosto de sair com os amigos, danço, namoro, viajo, faço tudo. Essa motivação é fruto de minha família, que nunca me enxergou como um deficiente. Isso me fortalece", conclui Cláudio.
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