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Bancos projetam prolongamento de recessão para o ano que vem

A recuperação da economia brasileira deverá ser realmente lenta; projeções são cada vez mais negativas

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26/07/2015 às 11:13 • Atualizada em 26/08/2022 às 22:21 - há XX semanas
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A recuperação da economia brasileira deverá ser realmente lenta. As projeções feitas por bancos e consultorias já têm apontado uma retração mais forte do que a prevista para 2015 e uma recessão para o ano que vem. A última destas previsões foi feita pela equipe de economistas do banco Credit Suisse.

Bancos projetam prolongamento de recessão para o ano que vem (Foto: EBC)

A instituição financeira revisou sua projeção de queda para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano de 1,8% para 2,4%. Também foi revista a projeção para 2016. Antes, a previsão era de um crescimento de 0,6%. No relatório da sexta-feira (24/7), a projeção para o PIB de 2016 virou uma recessão de 0,5%.

“Essa seria a primeira vez desde 1930-1931 que o país teria uma recessão por dois anos consecutivos”, destacaram no documento os economistas do banco. Naquela época, a economia mundial sofria os efeitos da Grande Depressão de 1929. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o PIB, naquele período, recuou 2,1% em 1930 e 3,3% no ano seguinte.

No cenário traçado pelos outros bancos, o Itaú também prevê recessão para 2016 - a economia deverá encolher 0,2%. O Bradesco prevê estagnação para o ano que vem, e o Santander, um pequeno crescimento de 0,1%.

Para a equipe do Credit Suisse, a dinâmica dos principais indicadores de atividade, como o IBC-Br (do Banco Central), por exemplo, indica que o PIB deve sofrer uma significativa contração no 2º trimestre.

“Não descartamos também uma contração no terceiro trimestre de 2015 devido à dinâmica desfavorável nos setores de agropecuária, indústria e serviços. Com isso, esperamos que o crescimento do PIB ante o trimestre anterior recue 1,9% no segundo trimestre de 2015, 0,4% no terceiro e 0,1% no quarto trimestre”, diz a nota do Credit Suisse.

Na avaliação do Departamento Econômico do banco, a maior queda do PIB em 2015 reduz o carrego para 2016. “A estabilidade do PIB no patamar do quarto trimestre durante todos os trimestres de 2016 implicaria em um crescimento negativo do PIB de 0,6% em 2016”, justificaram os economistas da instituição.

Correio24horas

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