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China é ao mesmo tempo parceira do Brasil e competidora

Ex-embaixador do Brasil na China e Japão falou sobre as oportunidades e ameaças do crescimento econômico chinês

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14/09/2011 às 16:03 • Atualizada em 07/09/2022 às 1:04 - há XX semanas
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Luiz Augusto Castro Neves, ex-embaixador do Brasil na China e Japão, falou sobre as oportunidades e ameaças do crescimento econômico chinês para a economia brasileira. Ele foi o terceiro palestrante desta quarta-feira (14) do Agenda Bahia, evento promovido jornal CORREIO e a rádio CBN, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e apoio da Ufba. O exemplo de crescimento chinês deve ser analisado sob o aspecto do que pode e o que não pode ser feito no Brasil. Segundo o ex-embaixador, a economia chinesa difere em inúmeros aspectos. Primeiro, a China cresce baseada no investimento e, nós crescemos baseados no consumo. Em relação à globalização, Neves acredita que os chineses são muito mais abertos economicamente e aproveitaram como nenhum outro país o fenômeno da globalização: “A China percebeu que a questão não ser contra ou a favor e sim que um dos fatores da globalização que mais importam é a internacionalização da economia”.
Segundo Luiz Augusto, os chineses são muito mais abertos economicamente
Relação China-BrasilA China é atualmente o principal parceiro comercial do Brasil e para Luiz Augusto esta relação nem sempre é vantajosa: “A China é parceira do Brasil e competidora. É claro que há áreas em que somos parceiros, mas têm áreas que sem dúvida a China representa o surgimento de um competidor. (...) Efeitos da China no Brasil para alguns setores foram bons e para outros foram ruins. É preciso saber administrar”. A infra-estrutura e a carga tributária baixa são, de acordo com o ex-embaixador, os principais diferencias da economia chinesa – e não os baixos salários da mão de obra. “A diferença da competitividade chinesa chama-se infraestrutura. As estradas chinesas são melhores que a melhor estrada brasileira, além dos portos e dos parques industriais que são montados”, diz Luiz Augusto. Sobre o Agenda BahiaDurante os quatro dias do Agenda Bahia são debatidos quatro temas, em datas diferentes, com o objetivo de discutir ações que resultem no desenvolvimento sustentável da Bahia, fortalecendo a posição de destaque do estado no país. O tema desta quarta-feira (14) é “Agronegócio com foco na Economia Climática e Industrialização”. Os debates acontecem no auditório da Fieb, das 08h às 17h30. Além das palestras, o evento conta com tempo para perguntas da plateia e debates, realizados sempre ao final da manhã e da tarde.

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