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‘De nada adiantou’, diz delegado sobre corpo fechado de traficante preso em Cachoeira

O delegado Laurindo Neto chegou a prometer R$ 1 mil do seu salário para quem desse pistas sobre o paradeiro do traficante

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08/10/2011 às 11:46 • Atualizada em 29/08/2022 às 3:10 - há XX semanas
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Ele fazia questão de dizer que tinha o corpo fechado e desafiava a polícia que tentava capturar desde junho de 2010. Comandava o tráfico de drogas em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, e, segundo o delegado da cidade, fundou o Primeiro Comando do Interior (PCI). Mas, ontem, depois de ameaçar botar fogo na delegacia e queimar um bar no centro da cidade, o traficante Edmílson Bispo Santos Júnior, 27 anos, não conseguiu escapar da ação policial e tomou oito tiros. Os disparos atingiram o bandido em diversas regiões do corpo: um na cabeça, três no tórax, dois no braço e dois nas pernas. Ele foi baleado quando tentava fugir da Polícia Militar num matagal na Ponte dos Três Riachos, próximo do bairro Viradouro, onde atuava. Júnior recentemente passou a ser a carta Às de Copas do Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública (SSP), mecanismo que identifica os bandidos mais procurados do estado. O titular da 3ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) de Santo Amaro, delegado Joaquim José de Souza, explicou que uma guarnição da PM foi recebida ontem a tiros pelo traficante. DelegaciaMesmo baleado, Júnior procurou um advogado e se entregou na delegacia da cidade, de onde foi levado para o Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, a 107 quilômetros de Salvador. No fechamento desta edição, às 22h, ele permanecia no hospital, já com indicação de alta e escoltado por diversos policiais. Júnior tem três mandados de prisão contra ele por assalto e tráfico. Junto com Júnior estava Lucas Santos da Silva, 21 anos, que também foi baleado no confronto. Ele foi atendido e depois transferido para a carceragem da delegacia de Cachoeira. Um revólver calibre 38, uma quantidade não divulgada de maconha e mais um revólver, de calibre 32, que estava sendo utilizado por Júnior, foram apreendidos durante a operação. O delegado titular de Cachoeira, Laurindo Neto, disse ontem que a prisão de Júnior significa muito para a segurança da cidade. “Todos os comparsas dele estavam sendo presos ou se entregando à polícia”, contou. Segundo o delegado, Júnior é o mentor da criação da facção criminosa Primeiro Comando do Interior (PCI), inspirada no grupo paulista Primeiro Comando da Capital (PCC). O CORREIO denunciou a ação do traficante no mês passado. Em nota, a Polícia Civil informou que nos últimos dias parentes do traficante procuraram a delegacia de Cachoeira para negociar a rendição. O delegado Joaquim José reconheceu a periculosidade de Júnior, mas contemporizou a criação da facção criminosa. “Apesar da periculosidade de Júnior, desconhecemos a existência de uma facção criminosa com atuação em Cachoeira, criada por ele ou por qualquer outro traficante. A família revelou que o próprio Júnior ficou assustado com a fama”, disse.

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