Depois da rebelião no Complexo Policial Investigador Bandeira, no último dia 23 de setembro, em Feira de Santana, a 108 km de Salvador, a Defensoria Pública da Bahia solicitou a interdição imediata do local. O motivo principal é a superlotação da unidade. As celas, que deveriam abrigar apenas 35 internos, tem, em média, 135 pessoas. No último motim, além da destruição de partes do Complexo, os presos também queimaram parte do estabelecimento. O caso, que despertou a atenção do poder público, fez com que a Defensoria promovesse a vistoria no presídio. "Não se pode custodiar pessoas no local. Depois do que aconteceu ficou impossível. O Complexo apresenta profundas carências", declarou o defensor público Alex Raposo. A instituição deverá encaminhar um relatório completo ao Poder Judiciário, revelando os problemas encontrados especialmente no que se refere às instalações elétricas, segurança e estrutura física. Além disso, as questões relacionadas à salubridade também estão comprometidas. Isso porque faltam instalações sanitárias, material de limpeza para higiene pessoal, colchões, lençóis e toalhas. "A situação também é precária em relação a prestação da assistência médica, uma vez que a unidade não conta com médico, enfermeiro, tampouco dentista", afirmou Raposo. O defensor promete solicitar a transferência imediata dos custodiadas para o Conjunto Penal da Cidade. Nos próximos dias, a Defensoria deverá entrar em contato com o Ministério Público para que seja remetido um ofício à Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização e também para a Secretaria de Segurança Pública. O objetivo é que as demais instituições saibam, com maiores detalhes, a situação do Complexo.
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