Mais de 1,3 bilhão de litros de água foi desviado em Salvador e Região Metropolitana por ações fraudulentas envolvendo a utilização da água canalizada e tratada pela Empresa Baiana de Saneamento (Embasa). O número corresponde ao ano de 2011. O volume é capaz de abastecer Salvador durante quase dois dias inteiros. A Embasa acredita que ligações clandestinas ou fraudes em hidrômetros (aparelhos que medem a quantidade de água consumida) são as principais formas de desvio. O prejuízo estimado pelos 31,7 mil casos de fraudes registrados na capital baiana, em 2011, é da ordem dos R$ 9,5 milhões, decorrentes do volume de água não faturado. Segundo a Embasa, a perda pode ser ainda maior, já que nem toda a atividade fraudulenta é descoberta, mesmo com uma rotina de fiscalizações periódicas. A empresa inicia fiscalização após observação de matrículas que apresentam consumo atípico, além da revisão de ligações inativas. Após a seleção, equipes de campo realizam pesquisas para detecção de irregularidades. Imóveis construídos em áreas de ocupação irregular e lava a jatos clandestinos são alvos recorrentes das inspeções. “Gato” em condomínio de alto padrãoEntretanto, a prática criminosa não está restrita a bairros ou comunidades de baixa renda. No início deste ano, a Embasa identificou em Arembepe uma ligação clandestina, conhecida como “gato”, em um condomínio de alto padrão. Segundo a denúncia do morador vizinho, além de servir para passar o verão, a casa, localizada na altura do km 28 da Estrada do Coco, é alugada para eventos, festas e temporadas de férias. A estimativa é que a residência estava consumido 60 mil litros de água por mês, volume suficiente para abastecer quatro famílias durante o mesmo período. A ligação irregular foi retirada e o proprietário do imóvel multado. Denúncias de clientes podem ser feitas pelo call center da Embasa (0800 0555 195).
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