Dona de loja de importados é acusada de R$ 3 milhões em golpes

Uma baiana que mora nos Estados Unidos está sendo investigada por aplicar golpes na internet com venda de celulares. De acordo com a Polícia Civil, ela vendia aparelhos de luxo com preços abaixo do mercado. No Brasil, ela é investigada na Bahia e em outros oito estados.

Ao todo, mais de 300 pessoas sofreram o golpe da mulher. Identificada como Késia Liz Gomes, a suspeita nasceu em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia.

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Os celulares eram vendidos pela loja virtual dela, "Liz Import- New York", que foi retirada do ar em janeiro. Na página, ela se autodenominava como "personal de comprar", com endereço nos Estados Unidos. Mais 185 mil seguidores a acompanhava na rede.

De acordo com o g1 Bahia, a dentista Clícia Morais e o eletrotécnico Levilli Silva, ambos de Salvador, são algumas das vítimas. Eles conheceram a página após influenciadores divulgar nas redes sociais.

O eletrotécnico Levilli Silva comprou um celular na loja há cinco anos. Na época, chegou a receber o aparelho antes do prazo combinado. Em setembro do ano passado, investiu R$15,5 mil em mais dois celulares, com o bônus de que receberia também dois fones de ouvido. No Brasil, os aparelhos são vendidos em médio por R$ 19 mil cada.

"Como ela conseguia comprar lá e enviar para cá, não tinha como ter essa proporção, porque lá sempre vai ser mais barato", disse o eletrotécnico. "Não tive desconfiança, porque eu já tinha comprado com ela anteriormente", completou.

Já a dentista Clívia Morais teve um prejuízo de cerca de R$9 mil. Ela contou que foi informada após fazer a compra e tentou a pedir reembolso. No entanto, após cinco meses ainda não recebeu o celular, e nem o dinheiro de volta.

"Ela disse que tinha 30 dias úteis para me pagar. Eu aguardei, mas ela não me pagou", pontuou a vítima.

A dentista criou uma página nas redes sociais para alertas outros internautas sobre o golpe. De acordo com o advogado das vítimas, Wilibrando Albuquerque, o valor do prejuízo é de até R$3 milhões.

“A defesa entende que ela já esvaziou as contas bancárias, mas acredita no rastreio desses colaboradores, desses possíveis laranjas, desse núcleo que lavava o dinheiro com a senhora Késia Liz”, afirmou o advogado das vítimas.

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