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Os professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) decidiram em assembleia nesta quinta-feira (2) manter a greve da categoria, que começou no dia 29 de maio, mas só foi oficializada pelo sindicato no final de junho. Segundo o comando de greve, 225 docentes participaram da assembleia, que contou somente com um voto contrário à greve e duas abstenções. Em nota, os professores dizem que a contraproposta deve levar em conta três pontos: salários, carreira e as condições de trabalho. Os seguintes pontos estão entre os considerados "inegociáveis" pela categoria: percentual fixo entre os níveis de 3%, considerando o salário mínimo baseado no DIEESE para o nível auxiliar com carga de 20h; mínimo de 8 horas, e não 12 horas, como carga horária em sala de aula; retirada do estágio probatório como barreira para progressão imediata por titulação; reajuste em 2013, sem parcelamento e aposentadoria integral para todos. Para ler todo o documento, clique aqui. Na assembleia, os professores também criticaram a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), entidade nacional que encaminhou pela aceitação e assinatura de acordo depois de proposta do governo federal. A crítica se estendeu ao Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub), que estaria agindo de maneira contrária à "democracial sindical', segundo o comando de greve, por não respeitar as decisões das assembleias. Segundo informações do Proifes, o acordo apresentado pelo governo foi aprovado por 74% dos 5.222 professores que participaram de um plebiscito eletrônico - 77% dos professores da base da Apub também teriam optado por aceitar a proposta do governo, segundo o sindicato. Já o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) recusou o acordo e nega o fim da greve. “Todas as assembleias votaram pela rejeição da proposta. No entanto, governo opta por assinar acordo com uma entidade que é sua parceira, e que não tem representatividade junto à categoria. Nós vamos continuar firmes na greve e são as assembleias de base que determinarão os rumos do movimento”, diz Marinalva Oliveira, presidente do Andes.
Matéria original: Correio 24h Em assembleia, professores da Ufba decidem manter greve