Uma empresa de Feira de Santana foi condenada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região a pagar R$ 200 mil a dois empregados por dano moral depois da descoberta de uma câmera instalada em um banheiro - diretamente ligada à sala de um dos sócios da Adinor Indústria e Comércio de Aditivos. A decisão foi mantida pelo Tribunal Superior do Trabalho na última semana. Cada funcionário receberá R$ 100 mil.
A reclamação sobre a câmera foi ajuizada na Vara do Trabalho de Feira de Santana por um técnico de informática e uma assistente contábil. O técnico contou que em agosto de 2007 ele informou à gerente da empresa que suspeitava de que havia uma câmera em um pequeno furo no teto do banheiro da empresa, que era unissex e utilizado por cerca de 20 funcionários da área administrativa.
Os próprios funcionários confirmaram que havia uma câmera e então descobrirram, no forro do banheiro, que ela estava ligada a uma TV e um gravador de DVD instalados na sala de um dos sócios.
No dia seguinte à descoberta, o fato foi informardo ao outro sócio da empresa, irmão do primeiro sócio. Em reunião com os funcionários, este sócio garantiu que todo o material seria queimado. Alguns funcionários foram com este sócio até a sala do irmão, onde encontraram um "verdadeiro arsenal pornográfico", com revistas, CDs e DVDs. Todo material foi incinerado.
O técnico e a assistente, no entanto, não consideraram o caso encerrado e recorreram à Justiça, pedindo rescisão indireta do contrato de trabalho e também indenização por danos morais.
A empresa alega que os próprios funcionários instalaram a câmera para tentar extorquir os sócios e por isso foram demitidos por justa causa.
Matéria Original Correio 24h:
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