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Enterrado corpo de militar morto em passarela da Unijorge

Arisvaldo das Neves Santana, 47 anos, morreu após reagir ao assalto; autores do crime já estão presos

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22/09/2015 às 20:04 • Atualizada em 26/08/2022 às 21:05 - há XX semanas
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Foi enterrado, no final da tarde desta terça-feira (22), o corpo do cabo da Polícia Militar Arisvaldo das Neves Santana, 47 anos, morto durante uma tentativa de assalto em uma passarela em frente à Unijorge, na avenida Paralela, na noite da última segunda-feira (21). Reunidos no Cemitério Bosque da Paz, no bairro de Nova Brasília, amigos e familiares de Arisvaldo prestaram homenagens ao militar, que deixa esposa e duas filhas de 11 e 13 anos.
Corpo de PM foi enterrado no final dessa tarde (Foto: Almiro Lopes)
Durante o velório, colegas de trabalho lamentaram a morte do policial, que era lotado no Departamento de Modernização e Tecnologia (DMT) e integrava a corporação há mais de 20 anos. A esposa da vítima, Diana Souza Santana, 40, disse que o marido tentou protegê-la, mas acabou sendo baleado próximo ao tórax e embaixo da axila, não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local.“Foi tudo muito rápido, ele (assaltante) já veio preparado. Ele tentou me proteger. Ele sempre foi um homem muito alegre, família, gostava de ajudar e proteger as pessoas”, contou Diana. A subtenente Iara Pereira dos Santos descreveu Arisvaldo como uma pessoa tranquila, responsável e prestativo. Ainda de acordo com a subtenente, Arisvaldo estava se preparando para mudar de graduação dentro da corporação.“O cabo Neves era uma pessoa muito responsável, bastante assíduo, assumia o serviço muito cedo, sempre alegre. Atendia bem as pessoas que precisavam do serviço do Departamento. Ele estava perto de começar o curso de sargento. Fez os exames médicos nesta semana para mudar a graduação de cabo para sargento, já estava na lista, só faltava começar o curso”, disse Iara, colega de trabalho.
PM morreu em assalto (Foto: Almiro Lopes)
A aposentada Heloísa dos Santos, 58, também lamentou a morte do vizinho. Segundo ela, Arisvaldo sempre comentava do sonho de construir uma casa ampla para reunir amigos e familiares. “Ele sempre falava que tinha esse sonho. Dizia que queria ver todo mundo reunido. Ainda não caiu a ficha. Ele era um excelente pai, amigo. Não media esforços para ajudar ninguém”, lembrou.Em nota, a Unijorge informou que “a diretoria e o corpo docente da Unijorge expressam seus sentimentos aos familiares e amigos, bem como a todo o corpo discente, solidarizando-se e oferecendo todo o apoio” e que está reiterando a “solicitação de intensificação do policiamento no entorno dos nossos campi à Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia, reconhecendo seus esforços significativos e preocupação legítima com a integridade dos cidadãos baianos”.Arisvaldo estudava com a esposa o 4º semestre do curso de arquitetura e morava em Arembepe com a família. Ele saia da faculdade na noite de ontem quando reagiu ao assalto e foi baleado. Os autores do crime, Antônio de Jesus Oliveira, 38, e Tawan da Silva Barbosa Tosta, 19, foram presos após a morte do cabo.
Correio24horas

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