Cada vez mais comum em processos seletivos, a entrevista em inglês costuma tirar o sono de muitas pessoas que não se sentem seguras o suficiente para conversarem em língua estrangeira. Seguindo algumas orientações básicas, não há motivos para se preocupar. Pensando nisso, o professor Elvio Peralta, Diretor Superintendente da Fundação Fisk, deu algumas dicas de como se sair bem na entrevista em inglês. Confira: -
Pesquise sobre a empresa e sua área de atuação – esta dica é válida para qualquer processo seletivo, independente das exigências em idiomas estrangeiros. “É importante pesquisar o vocabulário da empresa e antecipar a busca da tradução de palavras-chave”, explica Peralta. -
Pratique com um amigo – faça uma simulação de entrevista com algum amigo que tenha conhecimentos avançados na língua inglesa. Peça para ele fazer, em inglês, as perguntas mais comuns em entrevistas, como “por que você quer mudar de emprego?”, “fale sobre suas experiências anteriores”, “quais são seus objetivos profissionais?” etc. “É importante que o amigo saiba corrigir caso a pessoa cometa erros”, comentou. -
Cuidado com gírias e excesso de pausas – assim como nas entrevistas em português não é adequado utilizar gírias, em inglês também não é. Algumas expressões comuns na linguagem informal, como “kind of”, são inapropriadas para esse contexto. Quando não tem conhecimentos avançados na língua, também é comum a pessoa realizar pausas prolongadas ou gaguejar. Mais uma vez a simulação de entrevista ganha pontos, pois, ao treinar a conversação, a formulação de frases fluirá cada vez melhor. “Procure dar respostas simples, curtas, diretas”, explica o professor. -
Pergunte – não é só o entrevistador quem faz perguntas. O candidato também deve demonstrar interesse na oportunidade profissional e tirar suas dúvidas. Questione com que frequência o inglês será usado no dia a dia e em quais contextos de trabalho – troca de e-mails, relatórios, reuniões, conference call, entre outras. “É importante saber como o idioma será aplicado porque muitas vezes algumas empresas pedem o inglês avançado, mas raramente o colaborador utiliza. Porém, dependendo do ramo de atuação, pode ser essencial e frequente”, comenta Peralta. -
Aperfeiçoe – os recrutadores apreciam a sinceridade do candidato e a apresentação de objetivos que visam o aperfeiçoamento profissional. Portanto, mesmo que você não tenha conhecimentos avançados no idioma, explique que você tem planos de aperfeiçoar o seu inglês. Segundo Peralta, “o candidato deve comentar que pretende, por exemplo, fazer um curso intensivo de conversação caso a vaga exija essa habilidade”. -
Faça um teste de classificação – ele pode ajudar você a treinar seus conhecimentos e até mesmo a identificar qual o nível de proficiência que você deve colocar no currículo, caso tenha alguma dúvida. -
Não minta – é uma regra básica, mas não custa lembrar. Seja sincero ao declarar seu nível de proficiência, pois caso seu conhecimento não seja igual ao declarado em seu currículo e você for testado, pode acabar fechando as portas para uma futura oportunidade que não necessariamente exija domínio do idioma.