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Especialista fala sobre importância do trabalho em equipe

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29/10/2013 às 8:22 • Atualizada em 29/08/2022 às 1:05 - há XX semanas
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Quando Steve Jobs morreu uma grande comoção tomou conta do mundo da tecnologia e até mesmo daquelas pessoas que não possuem qualquer tipo de ligação especial com o meio. Ninguém duvidava então que um grande talento havia partido. Incensado por uma multidão de admiradores, sua aura de gênio e visionário continua a pairar sobre o mundo. Mas será mesmo que o mundo seria tão diferente se Steve Jobs não tivesse existido ? Bom, podemos dizer que a Apple como marca não existiria e uma estética diferente teria assumido o seu lugar. Porém, é pouco provável que, a despeito de marcas, design e dominâncias, a tecnologia atual não fosse bastante semelhante à que temos hoje. O fato é que as invenções tecnológicas seguem um movimento inexorável de inventividade. Sabemos que Steve Jobs não inventou o mouse nem o conceito de janelas. Mas ele teve o mérito de identificar talentos e formar equipes que trabalhavam em uma direção ditada por ele. Steve Jobs não era um programador nem sabia absolutamente nada sobre os fundamentos do funcionamento de seus sistemas. Quem construiu a primeira versão do computador Apple foi seu amigo e engenheiro Steve Wozniak.
Bill Gates, embora não tenha escrito o DOS – esta é uma outra estória, construiu um sistema de interpretação de linguagem, BASIC, praticamente sozinho. Mais tarde ele lembraria que tinha aquelas codificações em sua memória. Um gênio como Bill , em sua época, era capaz de construir e codificar um sistema sozinho. Steve Jobs se foi e Bill Gates hoje curte a melhor aposentadoria do mundo. Líderes que se sobressaem continuam aflorando e novos líderes surgirão na esteira do tempo, sem sombra de dúvidas. O que tem mudado é que tem sido cada vez mais difícil um gênio surgir com a pedra filosofal de alguma coisa sem que para isto tenha que ter contado com uma equipe. No caso do Mike Zukerberg, o inventor do Facebook, ele jamais teria conseguido construir esta plataforma sem um grupo de programação. Aqui já tinha uma equipe. E a ideia dele sequer era original, contando com diversos concorrentes. Mas o mercado premia quem se estabelece e não quem aparece primeiro. O que diferencia estes líderes é a capacidade de juntar talentos e fazê-los trabalhar em equipe e não como gênios solitários. Dificilmente haverá um novo gênio que sozinho, do nada, traga um produto completamente original. O exemplo da informática é sempre mais dramático dada a sua rapidez e volatilidade, o que permite depreender as transformações da sociedade e dos negócios com uma dinâmica muito mais acelerada.
"O que diferencia estes líderes é a capacidade de juntar talentos e fazê-los trabalhar em equipe e não como gênios solitários"
Extrapolando para o mundo dos negócios, o que ocorre, hoje, é que a complexidade das tarefas é tão grande que não é possível, a ninguém, deter o conhecimento supremo acerca de qualquer rotina ou processo relevante. Esse novo ambiente de trabalho exige um tipo de diferente de talento, que é o de saber agrupar e colocar todos os membros de uma equipe para trabalhar na mesma direção e engajamento. Este fator se torna cada vez mais crítico quando se observa que para determinados tipos de atividade não é mais possível acompanhar o desempenho individual. Nestes casos, o grupo trabalha como uma única entidade. É aqui que a vaidade, o excesso de autoconfiança, individualismo, arrogância e competição podem destruir todo o trabalho de uma equipe. Talento, além de competência, também se traduz em cooperação e compartilhamento. Vale muito mais um profissional que é capaz de dividir o seu conhecimento com os demais distribuindo equitativamente as tarefas, do que aquele que, por julgar deter um conhecimento especial, fecha-se em copas para valorizar-se perante a empresa. Como o conhecimento da totalidade é cada vez mais complexo, o talento passa a ser grupal e a busca pelo conhecimento se traduz em uma atitude para com o coletivo. Sempre haverá campos para o despertar do talento individual, mas este passará a ser um espaço cada vez mais restrito e raro. Mais seguro seria se você, que se considera um ser especial, se tornasse mais aberto ao trabalho cooperativo. Seu talento será muito mais apreciado desta forma e, até mesmo, potencializado.

Sergio Sampaio E-mail: [email protected] Consultor de TI da ValoRH. Engenheiro, empresário da área de Tecnologia da Informação, proprietário da IP10 Tecnologia.

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