As exportações baianas fecharam junho com o maior volume mensal de negociações da história, alcançando a marca de US$ 1,050 bilhão, o que supera em 45,9% as receitas de igual mês de 2010 e em 3,5% as de maio último, mês em que já havia atingido o segundo maior volume histórico mensal. As informações são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento. Até então, o maior valor já registrado mensalmente pelas exportações baianas foi de julho de 2008, quando alcançaram US$ 1,022 bilhão, antes dos efeitos da crise econômica mundial. As importações no mês passado também foram recordes, alcançando US$ 772,7 milhões, com elevação de 40,4% em relação a junho de 2010 e de 1% em comparação a maio passado. No primeiro semestre, a Bahia exportou US$ 4,9 bilhões, um aumento de 18,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. As importações acumulam US$ 3,7 bilhões, com 13,4% de crescimento. Com esses resultados, a balança comercial do estado acumula superávit de US$ 1,2 bilhão no semestre, 36% acima de igual período do ano anterior. Commodities - As vendas de produtos básicos para o exterior, como soja, petróleo e cobre, ajudaram a garantir o recorde nas exportações baianas no mês passado. Só as vendas desses três produtos acusam crescimento de 101,3% em junho último, comparado a igual mês do ano anterior. Petroquímicos, ouro, minerais e pneus também tiveram bons negócios em junho. O negócio do cobre (catodo, fios e liga), por exemplo, registrou o maior crescimento de exportações no ano (85%). Por sua vez, os preços médios do produto subiram 26% no período. No caso da celulose, o efeito do preço fica ainda mais evidente. Houve queda de 4% na quantidade exportada e aumento de 14% no preço. Com isso, as vendas baianas do produto subiram 9%, para US$ 910 milhões, sendo o principal destaque de exportação do estado no ano. Outras commodities da pauta de exportações da Bahia também tiveram crescimento expressivo nos preços médios no ano, como óleo combustível (34%), café (60%), soja (28%), algodão (20%), manga (43%), ouro (8%). Importações - Influenciadas pela entrada de bens de consumo, preços do petróleo e dólar favorável, as importações baianas também chegaram a níveis recordes. No semestre, o maior crescimento em termos de valores importados foi registrado por fertilizantes, borracha, combustíveis e cobre. Os principais produtos importados no ano estão relacionados com a matriz exportadora: minério de cobre com US$ 616 milhões, nafta para petroquímica, US$ 603 milhões, automóveis, US$ 562 milhões, e petróleo, US$ 170 milhões. Contribuem ainda para o aumento das importações a expansão da atividade econômica e a necessidade de algumas empresas, em especial exportadoras, de buscar alternativas de suprimento para não comprometer o médio e longo prazo, optando por aumentar o índice de insumos importados nos produtos destinados ao mercado externo, como forma de garantir a competitividade.
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