Foto: Reprodução/TV Bahia
Os professores municipais de Feira de Santana, cidade localizada a 100 km de Salvador, foram expulsos da prefeitura pela guarda civil municipal na noite de quinta-feira (31). De acordo com informações do G1 Bahia, imagens divulgadas nas redes sociais mostram os agentes utilizando extintores para retirar os docentes.
A categoria decretou greve por tempo indeterminado. Eles reivindicam reajustes salariais, pagamento integral do salário, licença prêmio, melhores condições de trabalho, mais contratação de professores e merenda escolar.
A ação não foi a primeira registrada durante o dia. Um outro vídeo divulgado mostra os guardas municipais utilizando spray de pimenta para evitar que professores e vereadores entrassem no local. Os professores se reuniram na frente da Câmara de Vereadores e se deslocaram até a sede da prefeitura da cidade, com o desejo de negociar as pautas com o prefeito Colbert Martins.
Os professores contam que não foram atendidos pelo gestor.
Posicionamento da Prefeitura
O prefeito da cidade Colbert Martins informou que a gestão municipal dialoga com os professores através da Secretaria de Educação e analisado as pautas e demandas da categoria. "Na noite de ontem, dia 30, houve uma reunião onde mais uma vez mantemos o compromisso de pagar o piso nacional desses professores, conforme recomenda a legislação", disse o prefeito.
Ainda de acordo com Colbert Martins, nenhum professor da rede municipal de ensino vai receber menos que o piso salarial pago pelo dinheiro do Fundeb."A greve é sempre um instrumento legal da classe trabalhadora, mas entendemos que esse é um mecanismo que só deve ser utilizado quando não existe um diálogo e a busca pelo entendimento. Esta não é a realidade em Feira, onde estamos em busca da solução", afirmou.
Sobre os vídeos que mostram agressões de guardas municipais, Colbert Martins informou que não compactua com a violência e afirmou ainda que as imagens criaram "um clima de terror e caos", que não faz parte da maneira que a prefeitura conduz o processo.
Colbert afirmou ainda que os casos representam situações isoladas, que a gestão municipal combate "veementemente".
Prejuízos
A prefeitura informou que a invasão dos professores causou danos ao patrimônio público e impedimento à realização de serviços essenciais à população. De acordo com a prefeitura, a Secretaria de Governo, que teve a porta principal quebrada e os estilhaços de vidro. As redes elétrica e de internet também sofreram danos que comprometeram a publicação prevista para sexta-feira (1º), do Diário Oficial Eletrônico.
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Redação iBahia
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