Apontado como principal suspeito da morte de Kelly Cyclone, Carlos Gustavo Cohen Alencar Braga, o Gustavinho, 26 anos, foi ouvido ontem por policiais de Lauro de Freitas. Ele negou qualquer participação no crime e contou, em depoimento, que Kelly foi morta por homens que estavam num Focus prata que teria interceptado o veículo dele (um Gol também prata), no centro de Lauro de Freitas.
Além de Gustavinho, que é filho de policial, também depôs Iago José da Silva Santos, 19 anos. Segundo os depoimentos dos dois, eles estariam juntos no momento em que foram abordados pelo Focus. Eles afirmaram que Kelly não foi espancada, nem esfaqueada, como afirmaram parentes e peritos que estiveram na cena de crime. De acordo com testemunhas, Kelly foi morta por um homem que estava no carro com ela, por volta de 1h da madrugada de segunda-feira, no centro de Lauro de Freitas. Ainda segundo as testemunhas, ela desceu correndo do carro, ferida na região do abdome, e levou dois tiros nas costas. Peritos confirmaram que ela levou uma facada antes de ser baleada. O interrogatório aconteceu na 23ª Delegacia, em Lauro de Freitas, e durou quatro horas e meia. Gustavo chegou à delegacia por volta das 14h, na companhia do pai - o policial civil conhecido como Braga -, do advogado e de Iago. Versão Gustavo contou ao delegado Joelson Reis, titular da unidade, que foi ao Salvador Fest no domingo com Kelly, a irmã dela, Carla, e outras duas amigas. Todos chegaram no Gol prata do pai de Gustavo. Por volta das 21h, Gustavo e Kelly teriam decidido ir ao Largo do Caranguejo, em Itinga. Carla e as amigas não quiseram ir com o casal, afirmou o suspeito. Segundo o depoimento, no caminho para Itinga, Kelly e Gustavo pararam na McDonald’s de Lauro de Freitas, e depois seguiram. O casal desviou o caminho para buscar Iago, que estava com um amigo, dono de um Astra verde, parado numa blitz em Lauro de Freitas. Iago prosseguiu com Kelly e Gustavo no Gol, deixando o amigo com o Astra, cuja documentação estava vencida. Pouco depois de passar pelo fórum de Lauro de Freitas, por volta de 1h, o Gol teria sido interceptado pelo Focus prata. Eles foram, então, rendidos por dois homens armados, afirmou Gustavo. Ele assegurou ainda nunca ter visto os supostos bandidos. Em seguida, Kelly saiu do carro e correu. Nesse momento, teria sido baleada duas vezes por uma terceira pessoa que estava no Focus. Ele disse que os bandidos fugiram em disparada. Gustavo contou ainda que conheceu Kelly há 15 dias e que eram só amigos. Contradições De acordo com o delegado, as declarações de Gustavo coincidem com as de Iago. Mas, segundo ele, os dois continuam sendo suspeitos. Parentes de Kelly acreditam no envolvimento de Gustavo. Segundo eles, no final do evento, Kelly recebeu uma ligação de Gustavo, que a aguardava na entrada do Parque de Exposições. A irmã chegou a pedir para Kelly não ir, mas a jovem disse que logo voltaria. Horas depois, parentes e amigos receberam a notícia de que Kelly estava morta no centro de Lauro de Freitas.
Filho de policial, Carlos Gustavo depôs na Delegacia de Lauro de Freitas e negou ter matado Kelly |
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