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BAHIA

Ilha confiscada pela Operação Alquimia é avaliada em 15 milhões de reais

Empresa envolvida tinha como sócios e pedreiro e motorista e movimentou 32 milhões de reais

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17/08/2011 às 18:34 • Atualizada em 29/08/2022 às 15:41 - há XX semanas
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A ilha confiscada pela Operação Alquimia está avaliada em R$ 15 milhões. A ação foi fruto da operação conjunta da Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público Federal deflagrada nesta quarta-feira (17). Segundo informações do Estadão, esse valor não inclui as benfeitorias do imóvel, equipamentos e utensílios. O lote tem 20 mil metros quadrados e está localizado na Baía de Todos os Santos. Confira fotos e vídeos da ilha e outros objetos confiscados pela Operação Alquimia O Operação Alquimia teve como objetivo desmantelar uma organização criminosa suspeita de sonegar R$ 1 bilhão em impostos devidos por empresas do setor químico. Uma dessas empresas, que tinha como sócios um pedreiro e um motorista, provaveis laranjas, e movimentou R$ 32 milhões entre 1996 e 2009, de acordo com a Folha Online. A operação Alquimia foi realizada pela Receita Federal (RFB), Polícia Federal e o Ministério Público Federal.
A ilha confiscada pela Operação Alquimia está avaliada em R$ 15 milhões.
Um dos alvos das operações foram as empresas Sasil e Varient. Com sede na Bahia, a Sasil é uma distribuidora de produtos químicos e termoplásticos, com atuação nacional. De acordo com o site da empresa, ela comercializa, distribui, armazena e transporta produtos químicos e petroquímico. A Varient, que pertence ao Grupo Sasil, atua nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O presidente da Sasil, Paulo Sérgio Costa Pinto Cavalcanti, está na lista das pessoas que a polícia pretende prender. Segundo informações do IG, o comando da operação não confirmou se ele foi encontrado nem se é ele é o dono da ilha. Na ilha foram apreendidos 2,4 kg em barras de ouro e barras de prata, em um cofre, quinze jet skis, duas armas, quadriciclos, barco à vela, além de motos e carros de luxo. Por conta do grande número de itens de luxo, ela foi apelidada pelos policiais de "ilha do tesouro", além de algumas armas como um fuzil e uma pistola de uso restrito das Forças Armadas, além de farta munição. Em um vídeo da operação feito pela polícia, são registradas várias mansões com decorações modernas e requintadas, que compartilham uma área comum com piscinas, saunas, quadras de esportes, quiosques e churrasqueiras, além de um auditório multiuso, com home theater. As construções, incluindo um píer de mais de 300 metros de margem, foram erguidas irregularmente em área de marinha, pertencentes ao Serviço do Patrimônio da União (SPU). O proprietário, cuja identidade não foi divulgada, estaria entre os 31 presos na operação. Prejuízo de R$ 1 bilhão A Operação Alquimia, deflagrada pela Receita Federal (RFB), Polícia Federal e o Ministério Público Federal nesta quarta-feira (17), prendeu 18 pessoas, sendo pelo menos sete na Bahia. A ação tinha como objetivo combater uma organização criminosa, composta por quase 300 empresas, suspeita de fraudar o Fisco. O prejuízo aos cofres públicos pelo não recolhimento dos tributos devidos pode chegar a R$ 1 bilhão. Um dos resultados esperados com a operação é a satisfação da dívida ao Fisco. As investigações tiveram início na década de 1990, quando a Receita Federal detectou indícios de crimes contra a ordem tributária em uma das empresas do grupo. Havia também a suspeita de existência de fraudes na constituição de empresas utilizadas como “laranjas”. O esquema seria utilizado para dissimular operações comerciais e financeiras com intuito de não recolher os tributos devidos ao Fisco. Para tanto investiga-se a utilização de empresas interpostas (laranjas), empresas sediadas em paraísos fiscais, factorings e até fundos de investimento utilizados na suposta fraude. Além da Bahia, a operação é realizada em Minas Gerais, Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Sergipe. De acordo com a PF, ações apenas de sequestro de bens acontecem também nos estados de Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará e Piauí, além do Distrito Federal. A Receita Federal já fiscalizou 11 empresas do grupo investigado, com um total de R$ 110 milhões em créditos tributários constituídos. No total, foram cumpridos 31 mandados de prisão, 63 conduções coercitivas e 129 mandados de busca e apreensão em residências dos investigados e nas empresas supostamente ligadas à organização criminosa.

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