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Imunização feita ao longo da vida garante proteção

Maioria das vacinas é oferecida gratuitamente nos postos de saúde

• 22/07/2012 às 14:29 • Atualizada em 27/08/2022 às 5:28 - há XX semanas

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Nesta época do ano, quando as gripes - e outras viroses - roubam muito trabalhador dos seus postos de empregos, é natural que a população maior de 30 pense com carinho sobre a possibilidade de vacinação. No entanto, ao contrário do que muitos acreditam, não é apenas a vacina contra a gripe que deve estar no calendário de vacinação de adultos. De acordo com a professora de Infectologia da Universidade Federal da Bahia, a médica Jacy Andrade, vacinas contra coqueluche, tétano e difteria, hepatites A e B, pneumonias, meningite podem e devem estar atualizadas nessa fase da vida dos indivíduos. “As pessoas acham que a vacinação é coisa de criança e não lembram que o sistema imunológico envelhece e esquece daquelas informações obtidas durante a infância”, explica a infectologista. Os programas de imunização desenvolvidos especificamente para adultos contemplam ainda a prevenção de doenças que o público maior de 30 não contava na infância, a exemplo da vacina contra HPV, transmitido por via sexual. Jacy Andrade ressalta ainda que, quando essas doenças infecciosas imunopreveníveis acontecem na fase adulta, os sintomas podem ser mais graves, além da possibilidade de sequelas, como a esterilidade, danos pulmonares e neurológicos. Proteção em grupoO presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Renato Kfouri, lembra que, quando um grande número de pessoas é vacinada, é possível proteger não apenas a pessoa que usou a vacina, mas também garante a proteção daqueles que, por questões de saúde ou idade, não estejam imunizados, a exemplo dos recém-nascidos ou das pessoas que fazem quimioterapia. “Em 2011, por exemplo, a coqueluche acometia mais as crianças pequenas, mas como a imunidade não dura mais de dez anos, muitos adultos foram contaminados”, explica Kfouri, ressaltando que algumas dessas pessoas contaminadas desenvolveram a forma assintomática da doença, atuando como transmissores da bactéria Bordetella pertussis. O presidente da Sbim lembra também que o efeito de proteção de um grupo funciona mesmo quando há um indivíduo doente. “Como o agente causador da doença não encontra outros indivíduos susceptíveis, a doença perde a força”, completa. MitosA despeito dos benefícios da vacina, principalmente porque a maioria delas é oferecida gratuitamente nos postos de saúde, o medo de agulhas e alguns mitos difundidos terminam afastando a população da prevenção. Um dos maiores alvos dessas crenças é a vacina contra o vírus Influenza, causador de gripes. Entre as crendices correntes, há quem jure que a vacinação foi feita para dizimar a população e que a vacina provoca estados gripais. “Infelizmente, as pessoas deixam para fazer a imunização nesta época do ano, quando vivenciamos a crista das crises no que diz respeito às viroses respiratórias”, esclarece Jacy Andrade. Ela lembra que a vacina é eficaz, mas só protege contra o Influenza, sem nenhum benefício para as rinites, sinusites e resfriados. A infectologista baiana também ressalta que o ideal é que a imunização contra a gripe seja feita antes do Inverno. “Assim, quando o período mais crítico chegar, a pessoa estará devidamente protegida”, explica. A resistência de algumas pessoas com relação às vacinas encontra abrigo também em algumas doutrinas da área médica, que atestam que o uso de vacinas em excesso pode provocar doenças como câncer e o autismo. A ciência ainda não conseguiu provar essas teorias. “Se os pacientes soubessem os riscos a que se expõem quando deixam de se imunizar, bem como se tivessem informações sobre a segurança e eficácia das vacinas disponíveis hoje, certamente manteriam o calendário em dia”, diz a diretora da Sbim, a médica Melissa Palmieri. Ela chama atenção para a importância dos profissionais da classe médica conscientizarem seus pacientes para os benefícios da imunização. O assunto, inclusive, será um dos motes da realização da 14ª Jornada Nacional de Imunizações da Sbim que ocorrerá pela primeira vez fora do eixo Rio-São Paulo e terá como tema central Indivíduo Imunizado, Coletividade Protegida. O evento será realizado em Salvador, entre os dias 1º e 4 de agosto.
Matéria original: Correio impresso Imunização feita ao longo da vida garante proteção de toda sociedade

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