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Indígena é morto após reclamar de som alto em festa

Vitor era casado e deixa dois filhos, um de cinco anos e outro de dois meses

Redação iBahia • 14/03/2022 às 12:02 • Atualizada em 30/08/2022 às 19:10 - há XX semanas

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Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal

Um indígena pataxó, de 21 anos, foi morto a tiros no domingo (13), em Porto Seguro, na Costa do Descobrimento, após ter reclamado do volume do som de uma festa estilo paredão que acontecia na região.

Identificado como Vitor Brás Souza, o jovem foi atingido com dois tiros nas costas. O rapaz chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Luís Eduardo Magalhães, de acordo com o site RADAR 64, mas não resistiu.

A publicação afirma que o homem que fez os disparos fugiu do local logo após o ocorrido e ainda não foi identificado.

Vitor era casado e deixa dois filhos, um de cinco anos e outro de dois meses. O jovem era liderança indígena ativa na região e participava de eventos reivindicando direitos dos indígenas.

De acordo com o site RADAR64, o corpo de Vitor está previsto para ser velado nesta segunda (14) na aldeia Novos Guerreiros, no Território da Ponta Grande.

Universidade Federal do Sul da Bahia se pronuncia sobre o caso

Em nota, a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) se pronuncio sobre o acontecido, onde afirma repudiar a violêcia contra os povos indígenas.

"É com grande pesar que a comunidade da Universidade Federal do Sul da Bahia, aqui representada pela Comissão Gestora do Campus Sosígenes Costa, tomou conhecimento do assassinato de Vitor Bráz Souza, 21 anos, também conhecido como Vitor Pataxó, morador da aldeia Novos Guerreiros na Orla Norte da cidade de Porto Seguro.

Neto de Dona Japira Pataxó (Antônia Braz Santana), mestra dos saberes tradicionais e guardiã da história de seu povo, parceira de primeira hora da UFSB, onde há anos vem compartilhando suas sabedorias e vivências, Vitor é uma jovem liderança indígena que desaparece neste momento de baixa densidade democrática, desvalorização da vida humana, insegurança jurídica e social para os povos tradicionais e a Maioria Minorizada.

Com anseios de que este crime seja urgentemente esclarecido e que os culpados punidos na letra da lei, reiteramos os votos de que a sociedade local se debruce sobre as relações sociais, as regras do bom convívio e os abusos cometidos em espaços públicos e privados, que ensejam a intervenção dos órgãos públicos que nem sempre respondem em tempo hábil, resultando em tragédias como a que agora se abate sobre a família de Vitor Pataxó e a comunidade da aldeia Novos Guerreiros, onde é significativa a quantidade de discentes desta universidade.

Por fim, à família de Vitor que, casado, deixa duas crianças órfãs de pai, desejamos força, fé e luta por justiça neste momento de dor, e estendemos aqui nossa solidariedade".

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