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Criação da área deverá frear a ação humana na área |
As principais comunidades pesqueiras da Ilha de Itaparica, na Baía de Todos os Santos, decidirão amanhã, em parceria com o poder público e com especialistas do ecossistema local, qual será o trecho do Recife das Caramuanas a ser considerado como Área Marinha Protegida (AMP). A ideia, que resguardará a localidade da ação humana predatória, surgiu diante da necessidade de renovação do estoque pesqueiro bem como da conservação dos recifes de coral da região. O encontro, conduzido pelo Projeto SOS Caramuanas, da Organização Socioambientalista PRÓ-MAR, acontecerá na escola Aureliano Azevedo Monteiro, em Aratuba, a partir das 18h30. Se constituída, a AMP deverá abranger uma área de 2km de diâmetro dentro dos limites do município de Vera Cruz. As pescas com bombas e com uso de compressor, assim como diversas outras formas de exploração desordenada do local causam preocupação nos ambientalistas, especialmente pelo fato de que a região possui uma boa cobertura de coral, além da vasta riqueza ecológica e da abundância de espécies marinhas. “Detectamos a relevância ecológica da área e agora queremos incentivar a criação da AMP para promover a gestão dos recursos pesqueiros de forma participativa”, afirmou a bióloga Priscilla Malafaia, coordenadora do Projeto SOS Caramuanas. De acordo com Priscilla, a proposta foi apresenta em 2007 e, desde então, é alvo de debates com a população e com diversas instituições. Com a reunião, será elaborada uma proposta mais clara da criação da unidade de conservação. A expectativa é que os órgãos governamentais avaliem e acatem as deliberações.