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Justiça determina desocupação de áreas da Suzano Papel e Celulose invadidas pelo MST

Decisões judiciais do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) se referem aos terrenos de Mucuri, Teixeira de Freitas e Caravelas.

Redação iBahia • 07/03/2023 às 11:17 - há XX semanas

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					Justiça determina desocupação de áreas da Suzano Papel e Celulose invadidas pelo MST
Foto: Divulgação/MST

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinou, na segunda-feira (6), a reintegração de posse de áreas da empresa Suzano Papel e Celulose, na cidade de Caravelas, no extremo sul da Bahia. A ocupação foi realizada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) há oito dias.

Além dessa localidade, o TJ-BA determinou ainda a desocupação da fazenda em Teixeira de Freitas e no dia 28 de fevereiro a de Mucuri - sob pena de 5 mil por dia em caso de descumprimento e uso de força policial, caso tivesse necessidade.

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Segundo o MST, as ocupações são para denunciar a atuação da empresa na região e também cobrar um acordo firmado em 2015, que não teria sido cumprido. Não há detalhes de qual seria esse acordo.

Ainda de acordo com o movimento, foram montadas nos acampamentos a estrutura com lona, barracões, cozinha e setor de atendimento de saúde. Desde que chegaram nas áreas, os acampados derrubam eucaliptos e, após a retirada, plantam árvores nativas e frutíferas, como mangueiras e goiabeiras.


				
					Justiça determina desocupação de áreas da Suzano Papel e Celulose invadidas pelo MST
Foto: Divulgação/MST

Desocupação em Jacobina

Após um confronto com proprietários de terras e pessoas da comunidade, os integrantes do MST desocuparam, na sexta-feira (3), a Fazenda Limoeiro - que fica na zona rural de Itaitu, em Jacobina, no norte da Bahia.

A Polícia Militar (PM) foi acionada e disparou tiros de bala de borracha para conter a confusão. Segundo informações do g1 Bahia, durante a ação, as barracas dos integrantes foram destruídas. A ocupação começou no dia 27 de fevereiro, com a justificativa de que os 1.700 hectares da propriedade estariam improdutivos.

Em conversa ao g1, o MST classificou a ação como violenta e que foi colocada em risco a vida das pessoas. O movimento informou ainda que a fazenda está abandonada há mais de 15 anos.

Por meio de nota, a PM informou que policiais foram acionados para cumprir um mandado de reintegração de posse da fazenda. A PM teria realizado a mediação do conflito e os invasores do terreno saíram de maneira espontânea. Guarnições da corporação permanecem no local.

Entenda a ação

Os integrantes do MST invadiram áreas da empresa em Caravelas, Teixeira de Freitas e Mucuri, na madrugada do dia 27 de fevereiro. Em nota, a Suzano Papel e Celulose informou que não vê legalidade na invasão, que as demais ações estão em análise e a companhia espera receber a mesma determinação de reintegração de posse nos próximos dias.

A Suzano assegurou que gera na região aproximadamente sete mil empregos diretos, mais de 20 mil postos de trabalho indiretos e beneficia cerca de 37 mil pessoas pelo efeito renda.

De acordo com representantes do MST, a ação teve início com 1.550 pessoas e o objetivo seria denunciar o crescimento das monoculturas na região, como a do eucalipto. Segundo eles, a plantação tem provocado êxodo rural e causado problemas hídricos.

Também em nota, a Suzano informou que cumpre integralmente as legislações ambientais e trabalhistas nas áreas em que mantêm operações. A empresa reconhece a relevância da sua presença nas áreas onde atua e reforça seu compromisso por manter um diálogo aberto e transparente, de maneira amigável e equilibrada. 

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