A cabelereira transexual Karla Santos, de 44 anos, que invadiu um hospital com o corpo em chamas na cidade de Itabuna, sul da Bahia, vai precisar realizar cirurgias de enxergo de pele. Ela foi atacada durante um conversa com o ex-namorado, principal suspeito do crime.
Além do corpo queimado, ela também teve os rins e o coração comprometidos. Por causa da gravidade caso, a vítima foi transferida em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) aérea para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador.
O suspeito, identificado como José Carlos, foi preso em flagrante e segue à disposição da Justiça.
Órgãos comprometidos e mensagem do suspeito
Ao g1 Bahia, a mãe de Karla, Lucinéia Ferreira, contou que a filha está com quadro estável, apesar de grave.
"Os rins dela começaram a dar problema e se eles não forem estabilizados, ela corre o risco de precisar fazer hemodiálise", contou.
Parte da pele queimada de Karla foi retirada pelos médicos e caso ela siga estável, passará pelo enxerto. A decisão foi tomada porque alguns locais foram tão afetados que será necessário retirar a pele de partes saudáveis para colocar nas regiões mais críticas.
Lucinéia Ferreira também contou que recebeu uma mensagem dos suspeito nas redes sociais. Segundo ela, ele disse que ficaria com a cabelereira a qualquer custo.
"Ele mandou mensagem para mim dizendo: ‘eu amo sua filha, quero ficar com ela e ninguém vai me impedir’. Isso não é amor, é doença. Quem ama não mata, não bate, não espanca", disse Lucinéia Ferreira.
O casal estava juntos há cerca de 20 anos, entre idas e vindas. A mãe nunca foi a favor do relacionamento, que era marcado por agressões físicas e verbais.
