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Multinacional alemã suspende fábrica e Bahia perde investimento

O projeto, cujo orçamento estimado era de US$ 200 milhões, foi estabelecido em 2013 em parceria com a empresa baiana Braskem

• 26/10/2015 às 8:30 • Atualizada em 27/08/2022 às 12:52 - há XX semanas

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Fábrica de ABS seria instalada no Polo Industrial de Camaçari. Foto: Coficpolo / reprodução
A multinacional alemã Styrolution suspendeu a implantação de uma fábrica de ABS (plástico de alta resistência usado em indústrias automobilísticas e de eletroeletrônicos) no Polo Industrial de Camaçari. O projeto, cujo orçamento estimado era de US$ 200 milhões, foi estabelecido em 2013 em parceria com a empresa baiana Braskem e aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). A ideia era produzir, a partir de 2018, 100 mil toneladas de ABS. Porém, “as condições de mercado adversas e perspectivas incertas” fizeram com que a Styrolution recuasse e colocasse o projeto “em espera”, conforme a própria multinacional publicou em seu site. “Infelizmente, a rápida deterioração do clima de negócios na região aumentou de forma significativa o risco de execução do projeto”, afirmou o diretor executivo da Styrolution, Kevin McQuade, na nota. Além da situação econômica do Brasil, pesou na decisão da empresa alemã a insegurança em relação ao fornecimento de matéria-prima, como a nafta (produto derivado do petróleo), que é fornecida à Braskem pela Petrobras. Acontece que, desde 2013, as empresas brasileiras protagonizam um impasse em relação à assinatura de um novo acordo de fornecimento de nafta de longo prazo. O presidente da Braskem, Carlos Fadigas, ressaltou que a certeza de ter o produto por período longo era exigência da multinacional alemã. “A empresa nos cobra um contrato de 15 anos e não temos como oferecer isso sem termos uma garantia de longo prazo”, afirmou Fadigas, durante uma apresentação de resultados da empresa. No próximo sábado, vence o último contrato aditivo de compra de nafta com a Petrobras e há a perspectiva de que se formalize um novo acordo de fornecimento de nafta entre as empresas que foram pressionadas pelo ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. Enquanto isso, segue suspensa a parceria entre a Braskem e a alemã Styrolution. “Esta oportunidade poderá ser revista uma vez que a dinâmica do mercado e as perspectivas de demanda futura tornem-se favoráveis novamente”, diz a nota publicada no site da multinacional alemã. “A Styrolution continua fortemente comprometida com a América do Sul como uma das regiões-alvo de nossa estratégia de crescimento”, garantiu o diretor executivo, Kevin McQuade. Até o fechamento desta edição, o Governo do Estado da Bahia não havia se pronunciado oficialmente sobre a suspensão do projeto.
Correio24horas

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