Com inauguração prevista até 2016, pelo menos nove shopping centers chegarão ao interior da Bahia. O investimento total previsto é de pelo menos R$ 565 milhões. Mais de 10 mil empregos serão gerados, de acordo com a previsão de empresários do ramo. Por trás dos novos investimentos estão grandes grupos empresariais como o Enashopp, que administra o Shopping Iguatemi e o Aeroclube, em Salvador, e o EPP, presidido pelo coordenador local da Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce-BA), Edson Piaggio. A interiorização dos shoppings é um movimento nacional, que tem a ver com a saturação das grandes cidades e o deslocamento do desenvolvimento para o interior dos estados. Os empresários trabalham com o novo conceito de “shopping regional”, que busca atender não só a cidade onde se instala, mas todos os municípios das microrregiões. É o caso do Shopping Alagoinhas, como está sendo provisoriamente chamado pelos empresários o novo shopping que será construído no município que fica a 108 quilômetros da capital. “Será um shopping com lojas variadas que buscará atender não só Alagoinhas, mas municípios próximos, como Catu e Entre Rios”, destacou o diretor da Enashopp, Edison Rezende. Será um investimento aproximado de R$ 50 milhões, que deverá ficar pronto até 2016. “Terá de 130 a 150 lojas, incluindo supermercados, bancos, lojas de departamento, loterias e outros serviços”, afirmou Rezende. “Alagoinhas é um município que está crescendo muito, com uma economia muito pujante, com novas indústrias e novos investimentos que trazem um novo público consumidor”, afirmou Rezende. Na mesma microrregião do estado (Nordeste), o grupo Enashopp também está construindo um shopping em Serrinha, que já está em obras e deve ser inaugurado no ano que vem. Regiões Além do Nordeste e da Região Metropolitana de Salvador (Camaçari), novos shoppings estão previstos para o Centro Norte do estado (Feira de Santana), Norte (Juazeiro), Oeste (Barreiras), Sul (Ilhéus e Teixeira de Freitas) e Sudoeste (Vitória da Conquista). À exceção de Vitória da Conquista e Feira de Santana, os novos empreendimentos vão inaugurar a atividade do segmento dos grandes shopping centers nas cidades em que se instalarão (confira no mapa). Entre as razões para a chegada dos shopping centers no interior estão a existência de uma demanda reprimida nesses municípios por produtos de melhor qualidade, como as marcas fraqueadas, e a descentralização econômica notada nos últimos anos. “Como as capitais estão saturadas e cheias de problemas, como a mobilidade e a violência, as cidades do interior estão se desenvolvendo cada vez mais. As pessoas não querem mais morar nas capitais”, explicou o coordenador da Abrasce na Bahia, Edson Piaggio. “É preciso oferecer cada vez mais serviços de qualidade nesses municípios e os shopping centers se inserem nesse contexto”, ressaltou Piaggio. O grupo empresarial que preside, o EPP, também está expandindo suas atividades para o interior. No primeiro semestre de 2015, um novo shopping do grupo, com participação societária do grupo Iron House Real State, será inaugurado em Camaçari. Com cerca de 130 lojas e 1,5 mil empregos, o shopping contará com um investimento de R$ 85 milhões, segundo previsão do coordenador da Abrasce-BA. “O polo industrial de Camaçari está crescendo. Antes, as pessoas moravam em Salvador e iam trabalhar no polo. Hoje, estão preferindo morar na cidade”, explicou Piaggio. Ele também ressalta o aumento da renda com a valorização do salário mínimo, o que é atrativo para o empresariado. “Antes, só quem comprava em shopping era quem ganhava três ou mais salários mínimos. Hoje, quem ganha um salário compra em shopping”. O grupo EPP também pretende instalar um shopping em Feira de Santana com a marca Park Shopping, com investimento previsto de R$ 90 milhões, com 1,8 mil empregos. Outro projeto do grupo, ainda tratado com sigilo, é o de Ilhéus, no Sul do estado. Colaborou Priscila Chammas
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